Paixão passada por gerações, Fusca já levou grupo de amigos de MS até o Paraguai
Fãs se reúnem neste Dia Mundial do Fusca para contar histórias e criar amizades
Thalya Godoy, Lívia Bezerra –
A paixão por carros antigos levou fãs do Volkswagen Fusca a se reunirem para fazer uma viagem de 31 quilômetros de Campo Grande a Terenos, neste fim de semana. O evento, neste Dia Mundial do Fusca, reúne admiradores do modelo que foi febre brasileira no século XX.
Personalizações curiosas como o escudo do personagem Capitão América e o verde limão chamam a atenção de quem passa pela frota estacionada no ponto de encontro. Outros modelos como uma Ford F100 e um Buggy antigo também marcaram presença na concentração em um posto de gasolina na Avenida Duque de Caxias.
Além de compartilharem experiências sobre o carro, quem participa do grupo garante que é uma ótima forma de fortalecer ou criar novas amizades. O militar da reserva Itacir Bonetti, de 67 anos, confessa que já perdeu as contas sobre quantos fuscas já teve ao longo da vida. Sempre foi apaixonado pelo modelo e hoje tem um Fusca Itamar, da série Ouro, fabricado em 1996 no Brasil.
“Eu não sei explicar, é desde criança que eu gosto de Fusca. Quando pude, comprei um, meu primeiro carro foi um Fusca. Na época que vendiam a vontade nas concessionárias, agora é só comprando de terceiros”, lamenta.
O motorista participa de grupo de admiradores do modelo há mais de uma década e ressalta como é importante para a construção de vínculos. Até viagem internacional já fez dentro de um fusca.
“Fusca é um agregador de amizades, temos aqui amigos há mais de dez anos, e nós viajamos. Já fomos por exemplo até Assunção [capital do Paraguai] em sete carros. São histórias que a gente guarda para a vida e conta para a família, amigos, para os netos. Temos aqui mais amigos do que o próprio Fusca”, garante.
Tradição familiar
Representante da Confraria apaixonados por Fusca de MS, Eduardo Mendonça, relembra que o grupo surgiu entre 2011-2012 quando se reuniam na Avenida Afonso Pena.
“Fizeram a associação documentada, com isso começamos a fazer viagens e percebemos que existem outros apaixonados por veículos antigos, tal qual o Fusca, em outras cidades. E nós sempre participamos desses encontros”, relembra.
Outros municípios como Aquidauana, Três Lagoas, Ivinhema, Ponta Porã, Dourados e Rio Brilhante também já tiveram encontros de apaixonados por fusca. Ele cresceu admirando o veículo na família e comprou o primeiro, em 2011, um modelo Fusca Itamar, de 1995, que trouxe do Espírito Santo. Ele garante que usa o carro atual diariamente.
“Eu tive meu primeiro Fusca em 2011 na fundação da confraria. Foi necessário desfazer desse Fusca e hoje tenho outro que comprei há um ano e meio”, afirma.
Outro admirador do Fusca que cresceu com o veículo na garagem é Washington Além, representante do grupo Velhos Clássicos 67, criado em 2022, que conta com 40 integrantes.
“Minha família sempre teve Fusca, meu padrasto e a gente fazia viagens de Goiânia pra cá. Então, desde a infância essa vontade de ter, mas aí com o tempo foi acontecendo. Esse Fusca era da minha irmã e eu sempre dizia ‘podia ser meu’ quando olhava ele na garagem até que consegui comprar dela e está comigo há cinco anos. É meu primeiro fusca e hoje tenho dois, mas o amor por esse é maior”, pontua.
Agora é a vez de Washington passar a “tradição familiar” para os filhos, que o acompanham durante as viagens pelo Estado. “Eu gosto e ele também porque até então o Fusca vai ficar pra ele, não é?”, brinca.
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