Defensor do Pantanal, advogado de MS lança livro que mostra ‘amores e dores’ da região

Nelson, após os 60 anos, resolveu tirar da gaveta seus poemas e mostrar todo este sentimento de conhecimento sobre a região pantaneira

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O advogado, escritor e poeta Nelson Araújo Filho lança, nesta quinta-feira (28), o seu livro “Pantanais de Areia”. A obra mostra os amores e dores de uma região do Pantanal até então pouco conhecida, o chamado “Payaguás dos Xarayés”.

Assim, como uma pessoa que dedicou boa parte da sua vida para conhecer e defender o cuidado racional do nosso amado Pantanal, Nelson, após os 60 anos, resolveu tirar da gaveta seus poemas e mostrar todo este sentimento de conhecimento sobre a região pantaneira. “São quase 40 anos de espera de um sonho essa obra”, disse.

O livro já foi lançado na IV FELIT – Feira Literária de Dourados (MS), na Feira Providencial Del Libro, no Centro de Convenções Corrientes, em Corrientes na Argentina e também com distribuição no Paraguai, Chile e Bolívia. Outras cidades do Mato Grosso do Sul, como Corumbá, Ponta Porã, Três Lagoas, Bonito, Rio Verde estarão recebendo a obra do poeta e escritor em breve, conforme sua assessoria de comunicação.

Livro aborda mudanças no Pantanal desde a década de 60

Sobre as mudanças, o Dr. Nelson diz que se referem ao homem, principalmente. “Não é só a terra que mudou, o homem também mudou e paga por isso. O que consegui enxergar, nós procuramos colocar nos textos. Então, sobre um Pantanal desconhecido, sobre o Paiaguás, que é esse grande território alagado de forma permanente, que são os versos, que são as histórias contadas no livro Pantanal de Areias”, explicou.

Conforme o advogado, o livro fala de um pantanal desconhecido e impactado pelo assoreamento, derrame de areia, partido planalto, algo que iniciou na década de 60 e vem se arrastando até hoje. “E esse derrame de areia é um desastre ambiental, provocou mudanças importantes. E tão ruim, tão grave quanto o desastre ambiental que está em andamento, o desconhecimento dessas alterações é tão grave, talvez até mais grave, porque as pessoas sabem que é um desastre, mas, os órgãos, o poder público de um mundo geral, a sociedade organizada têm conhecimento de que é um desastre ambiental em andamento, que é o derrame de areia”, lamentou.

Assim, a obra resultou do derrame de areias na Planície Pantaneira. “A areia ocupou a calha dos rios e as águas para ocupar os territórios da Planície, com alagamentos que são permanentes, 40, 50 anos de alagamentos. O fogo, olha, o fogo é o resultado direto desse problema. A imprensa disse que o Pantanal pegou fogo, e isso é uma grande mentira. Pegou fogo o Pantanal de areias. Fora do Pantanal das areias não teve fogo. Desde 20, quando começaram esse ciclo de incêndios, o restante do Pantanal, que não é atingido pelo derrame, não é atingido pelo desastre, pegou fogo. Só pegou fogo esse pantanal, o pantanal das areias. E o seu grande alagado nós chamamos do Paiaguás do Xarayés”, finalizou.

Serviço: O livro foi editado pela Editora Arandu, contém 104 páginas e custará R$ 50.

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