Corpo da sucuri Vovózona, vulgo Anajulia, será exposto em Campo Grande
Após embalsamada, sucuri Vovózona integrará o acervo de animais taxidermizados da PMA e fará parte das exposições realizadas pela corporação
João Ramos –
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O destino da sucuri Vovózona, também conhecida como Anajulia, já está selado. Encontrada morta nas margens do Rio Formoso, em Bonito (MS), a cobra será levada para o município de Campo Grande, onde será exposta após passar pelo processo de taxidermização. A informação do futuro da serpente foi confirmada pela Polícia Ambiental de Mato Grosso do Sul.
Neste momento, equipes da Polícia Científica realizam exame pericial na sucuri. Após o procedimento, o corpo da cobra será levado para Campo Grande, onde passará por um processo de embalsamamento – técnica que preserva a aparência e as características do animal.
De acordo com o comandante da Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul, coronel José Carlos Rodrigues, após embalsamada, Vovózona integrará o acervo de animais taxidermizados da PMA e fará parte das exposições realizadas pela corporação.
Investigações vão esclarecer se sucuri foi morta por ação humana
A morte da sucuri causou comoção mundial, mas ainda é cercada de mistérios que serão esclarecidos pelas investigações.
Informações iniciais divulgadas pelo documentarista Cristian Dimitrius nas redes sociais davam conta que Anajulia teria sido morta a tiros no Rio Formoso. Com base nas denúncias, a Polícia Militar Ambiental (PMA) se deslocou até Bonito, onde o óbito foi constatado nesta segunda (25).
Entretanto, durante os levantamentos iniciais, os agentes não encontraram perfurações ou indícios de que a cobra tenha sido baleada. Devido à ausência de respostas, uma equipe da Polícia Científica, lotada no Nelpa (Núcleo de Engenharia Legal e Perícias Ambientais) do IC (Instituto de Criminalística), se deslocou nesta terça-feira (26) para Bonito.
Causa da morte e punição, se for o caso
Os peritos criminais, que são médicos veterinários, tem como objetivo descobrir a real causa da morte do animal. Para o coordenador-Geral de Perícias, José de Anchieta Souza Silva, “o trabalho da Polícia Científica num caso como este é muito relevante. Somente com o exame necroscópico e o laudo feito por nossos peritos criminais, atestaremos o que de fato ocorreu com o animal, para assim subsidiar a decisão da justiça e contribuir com a busca da autoria, se assim houver.”
Além de desvendar a causa da morte da sucuri Vovózona, o exame pericial é essencial para possíveis desdobramentos legais. Caso seja identificado um responsável pela morte do animal, ele poderá responder por crime ambiental, sujeito a pena de detenção que varia de 6 meses a um ano, além de multa que pode chegar a R$ 5 mil.
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