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Após temporada com o ‘velho Motta’, José Antônio Pereira e pequena caravana chegam a Campo Grande

Conheça mais sobre a história da cidade, com a nomeação do prefeito, chegada da comitiva e construção da primeira igreja
Graziela Rezende -

A temporada ao lado do “velho, mas forte e musculoso” mineiro Motta, chega ao fim. Assim, José Antônio Pereira e pequena caravana chegam em Campo Grande. De Monte Alegre, Minas Gerais, chegam e acampam na cabeceira do Anhanduí, onde o tributário do rio Pardo é formado pelas águas dos atuais córregos Prosa e Segredo.

Os detalhes desta jornada fazem parte do livro Campo Grande 150 anos de história, de Sérgio Cruz. Nele, Epaminondas Alves Pereira, neto do fundador da cidade, resume o longo percurso de sua primeira viagem a Mato Grosso, desde o triângulo mineiro, iniciada no dia 4 de março de 1872 e que trilhou os caminhos deixados pelos soldados que combateram os invasores do território brasileiro na Guerra do Paraguai.

“A comitiva, após três meses de caminhada, chega a 21 de junho à confluência de dois córregos, mais tarde denominados Prosa e Segredo. José Antônio Pereira, com seus quase cinquenta anos de idade, alquebrado pela longa viagem, mas satisfeito com o panorama que a seus olhos se descorti-
nava, deu por finda a excursão”, diz o trecho.

Aqui, inicialmente construíram um rancho coberto de folhas de buriti, derrubaram matas e fizeram o preparo da terra para o plantio de milho e arroz, “cuja lavoura, devido à fertilidade exuberante do solo, correspondeu plenamente à experiência otimista de José Antônio e seus companheiros de jornada”.

Assim, 1872 se tornou, historicamente, o ano da fundação de Campo Grande, apesar de ser oficial-
mente festejado o 1899 ano em que, a 26 de agosto, o povoado é transformado em município, como o dia do aniversário da cidade, feriado municipal, desde 1919, por decreto do intendente Rosá-
rio Congro. Em 1972, na gestão do prefeito Antonio Mendes Canale, o município chegou a festejar o
seu centenário, evento repetido em 1999.

Nasce o futuro prefeito e advogado, Eduardo Olímpio Machado

Oito de agosto de 1875. Nasce Eduardo Olímpio Machado, em Xique-Xique na Bahia. Na sua cidade natal, concluiu o curso primário e, órfão de pai, muda-se para Salvador em 1887 com o objetivo de concluir seus estudos, formando-se em Ciências Jurídicas. Em 1902 assume o cargo de promotor de Ilhéus em seu Estado, ano em que encontra-se com o ministro Joaquim Murtinho, que o convida para integrar a magistratura de Mato Grosso.

Ao aceitar o convite, assume a comarca de Corumbá, em 1903. No ano seguinte, por desavença política com o governador Totó Paes, demite-se do cargo de juiz de direito e mudase para Nioaque, onde passa a exercer a advocacia. Em 18 de setembro de 1905 casa-se com Elvira, filha de Antonio Rodrigues Coelho, proprietário da fazenda Esperança, com quem tem três filhos, Eunice, Iná e Paulo Coelho Machado.

Em 1912 muda-se com a família para Campo Grande. Apoiou a revolução de 30 e rompeu com Vargas em 1932, quando participou, com Vespasiano Barbosa Martins, da revolução constitucionalista ao lado dos paulistas. Em 1926 participou da criação da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, sendo
eleito o seu primeiro presidente. Com a volta do regime democrático, candidatase a prefeito de Campo Grande em 1936 e vence o médico Antonio Boaventura, também da Bahia. Assume a prefeitura em 28 de março de 1937.

País volta à ditadura

Getúlio Vargas dá o golpe do Estado Novo em 10 de novembro e o país volta à ditadura. Eduardo Olímpio foi mantido no cargo, mesmo sem explicitar apoio ao ditador. Sua prioridade foi o saneamento básico da cidade e resultou no primeiro programa de planejamento urbano de Campo Grande, encomendado ao Escritório Saturnino de Brito, do .

A 12 de agosto de 1941 renunciou ao mandato, sendo nomeado para substituí-lo o secretário da prefeitura Demósthenes Martins. Faleceu em Campo Grande em 17 de novembro de 1968. Eduardo Olímpio Machado era pai do advogado, político e historiador Paulo Coelho Machado.2

José Antônio Pereira, família e a comitiva

À frente de uma comitiva de 65 pessoas, incluindo praticamente toda sua família, em doze carros mineiros, animais de montaria e de carga e um lote de gado de cria, o mineiro José Antônio Pereira che-
ga a Campo Grande para tomar posse definitiva de seu sítio na confluência dos atuais córregos Prosa
e Segredo, atual horto florestal. De Monte Alegre a Paranaíba, passando por este foi o caminho percorrido pelo sertanista, com cerca de 140 léguas e em quase quatro meses de viagem.

Em sua primeira viagem a Campo Grande, José Antonio Pereira chegou ao lugar em 21 de junho de 1872. Ocorre, então, a primeira missa do povoado, com a inauguração da igreja, cujo padroeiro é Santo Antonio de Pádua. Desta forma, casamentos, festas e acontecimentos alegres ocorreram ali, além de bailes ao som das violas e das gaitas de boca, regados a pão e queijo, broas de milho e outros quitutes mineiros.

Em 4 de abril 1912, D. Pirilo, bispo de Corumbá, criou a paróquia de Santo Antonio de Campo Grande, com o padre José Joaquim de Miranda nomeado o seu primeiro vigário…

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