A profissão, em carteira de trabalho, é de serralheiro. A profissão “do coração” é vendedor de churros. Mas, não é qualquer um. É alguém que copiou a ideia da família, inclusive incentivado por eles, e se tornou o empreendedor, que fabrica o doce, faz o seu horário e brinca ser o melhor “motochurreiro” do Aero Rancho, região sul de Campo Grande.
Diariamente, Sandro percorre ponta a ponta do bairro, com uma musiquinha viciante e 140 churros, os quais ele recheia de doce de leite ou chocolate, dependendo da escolha do cliente. Em seguida, pergunta se a pessoa prefere paçoca, coco ou granulado de brigadeiro, dando aquele toque final, ao preço de R$ 2,50 cada. O produto, que fica na estufa, faz parte de uma engenhoca acoplada em sua moto.
“O meu irmão e o meu cunhado já faziam os churros para venda e me incentivaram também. O bairro Aero Rancho, eu tenho certeza, é o que mais tem vendedor de churros em Campo Grande. Eu conheço pelo menos dez que fazem isso aqui. Só que a ideia da moto é da nossa família, nós que somos os motochurreiros aqui”, afirmou Sandro ao MidiaMAIS.

Para dar conta da demanda diária, Sandro diz que levanta cedo e prepara 240 churros diariamente. Enquanto a esposa trabalha em uma empresa, ele fica em casa no período da manhã, cuida dos três filhos, e faz o doce.
“Peguei a receita com o meu irmão, mas, eu aprimorei, hoje a que faço é um pouco diferente. Acredito que seja o melhor do bairro. Eu mesmo faço durante a manhã e saio para venda, no período da tarde. O meu menino mais novo, de 5 anos, se deixar, todo dia quer um”, disse.
Conforme Sandro, o mais engraçado nesta história é a música que toca a todo momento, enquanto ele circula pelo bairro. “Fica tocando o tempo todo e, quando vou dormir, ainda sonho. Tem dias que acordo assustado, achando que tá tocando a musiquinha e tem alguém lá na frente de casa pedindo churros”, contou.
No caso da moto, Sandro conta que a ideia foi copiada do irmão e o cunhado. “Eles estão há mais tempo. Eu estou há sete anos no churros. Vou passando e o pessoal vai dando sinal. Eu gosto do que faço, fiquei bastante satisfeito com a mudança de profissão que eu tive. E hoje o meu sonho é ver mais motos circulando, ter funcionários trabalhando no mesmo formato”, argumentou.
De acordo com o vendedor, neste calorão de Campo Grande, uma coisa boa é que ele fica protegido do sol. “Até da chuva protege um pouco também. Eu fui fazendo a estrutura aos poucos, com a ajuda do meu irmão também. E o churros é um doce que todo mundo gosta, isso ajuda bastante”, finalizou.
Confira como é a venda no “motochurros”: