A imagem da sua tia indo buscar Sueli dos Santos, sua mãe, para ir morar em Rio Verde, é a última lembrança que Paulo Sérgio dos Santos de Oliveira, de 33 anos, tem da matriarca. Movido pela saudade que sente desde os 19 anos, ele busca por notícias da mãe.

Paulo se mudou com os pais para o assentamento São Pedro, em Sidrolândia, ainda na infância, quando tinha 9 anos. Na época, suas duas irmãs mais velhas, Márcia e Célia, já tinham ido morar com umas tias e por isso ele não tem memórias das meninas.

Sobre a partida repentina das irmãs, Paulo conta que não lembra ao certo os motivos, mas relata que os vizinhos da época falavam que os pais não sabiam cuidar direito das crianças e por isso as tias tinham intervindo e levado as meninas para outras cidades.

Sem nunca saber a veracidade dessas informações, Paulo passou boa parte da infância e adolescência em Sidrolândia, mas relata que o lar não era amoroso, isso porque presenciou várias vezes a mãe em um relacionamento violento e os dois eram agredidos pelo pai, verbal e fisicamente.

Dez anos depois da mudança da família para o assentamento, Paulo conta que sua mãe conseguiu se encontrar com um irmão que não via há 28 anos e que na época, morava em Rio Verde. Ela foi para a cidade e lá também se reencontrou com sua irmã. Não se sabe ao certo como se deu a decisão, mas pouco tempo depois, Sueli decidiu ir morar com a família em Rio Verde, deixando para trás o marido e o filho, que na época tinha 19 anos.

Paulo conta que se lembra vagamente da tia chegando lá e ajudando a mãe com a bagagem, e ela dizia que ia visitar os parentes, mas que em breve estaria de volta. No entanto, Paulo não sabia, mas aquela era a última vez que veria a mãe.

Buscas pela mãe

Sem saber como entrar em contato e sem conhecer a família que agora convivia com sua mãe, Paulo relata que a última notícia que teve foi há uns 8 anos, quando seu padrinho, que também morava no assentamento de Sidrolândia e tinha conhecidos em Rio Verde, falou para ele que a tia infelizmente havia falecido, e que Sueli, tinha conhecido um homem na cidade e casado novamente.

Com o tempo e sua mudança para Campo Grande, em 2019, Paulo acabou perdendo contato com esse padrinho e agora, segue em uma busca solitária pela mãe.

“Infelizmente eu tinha foto dela até esses dias, mas perdi”, conta. “Estou perdendo as memórias que eu tinha com ela. O tempo está passando e sinto muita saudade”, lamenta.

Hoje, a Sueli deve estar com 63 anos, mais ou menos. Paulo não se recorda dos sobrenomes das irmãs, mas revela que o nome do tio que morava em Rio Verde na época é Natalino.

Ajude Paulo a reencontrar Sueli

Tem alguma informação sobre a família de Paulo? Entre em contato pelo telefone (67) 99306-5997. O contato é de Débora, esposa de Paulo.