Penteadeira de 100 anos e miniarreio são relíquias que todo mundo quer em restaurante de Corguinho
Objetos pertenciam aos “bisos” e parte deles foi feita à mão. Atualmente, como parte da decoração, são muito observados e desejados por clientes
Graziela Rezende –
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A penteadeira fica perto do caixa e, vez ou outra, vira o móvel onde se colocam chaves, papéis e outros pertences. Mas, isto não quer dizer que não seja valorizada: a relíquia está na família há cerca de um século e pertencia a “bisa” do estudante Mateus Peles Bento Mondini, de 15 anos. Ao contar a história do objeto, o garoto também mostra o miniarreio e carrinho de boi, feitos à mão pelo “biso” e que são somente alguns dos itens de antiguidade que existem no restaurante, localizado na Avenida Presidente Dutra, região central de Corguinho, a 10 km de Campo Grande.
“Era da minha bisavó esta penteadeira. Meu pai achou que ela ficaria bem neste espaço e trouxe pra cá. Colocou logo na entrada, mas, não é pra vender não e sim para complementar no nosso tema, que é decoração de roça, então, virou um dos enfeites. Mas, como a gente vende bastante coisa aqui, todo dia tem alguém perguntando quanto está a penteadeira. Só que ela é de família, uma relíquia, feita de madeira maciça”, contou ao MidiaMAIS o estudante.
O empresário Norberto da Silva Mondini, de 52 anos, pai do Mateus, é quem levou o objeto, há quatro meses. “Nós adquirimos o restaurante e o hotel há pouco tempo e estamos trabalhando aqui, então, trouxe a penteadeira que eu herdei. Foi da minha avó, que era filha de italianos e aí foi passando, até chegar em mim. A penteadeira antes ficava em Campo Grande, onde eu me lembro bem de ver minha avó sentada nela e se arrumando. Agora, está famosa”, afirmou.
Miniarreio e carrinho de boi feitos à mão pelo ‘biso’
Não bastasse a relíquia da bisavó, objetos centenários do esposo dela, o “biso”, também foram guardados carinhosamente pela família. Dois deles, feitos à mão, impressionam pela perfeição: um miniarreio e outro mini carrinho de boi.
“Ele fez a mão, no couro, esse arreio. Meu pai me conta que o meu bisavô gostava muito de artesanato. Ele era fazendeiro na região de Corguinho e fez verdadeiras réplicas. Muita gente o conhecia por aqui. Se chamava Valdomar Mondini”, explicou Mateus.
No restaurante, enquanto degusta a comida, servida em panelas de barro, o cliente também pode “namorar” uma linda estante de madeira no canto, toda decorada com antigos objetos, além de uma antiga máquina de escrever.
Perto do caixa, chapéus também viraram luminárias e fazem parte da “decoração da roça com comida da roça”, assim como a família define.
Veja as fotos registradas pelo MidiaMAIS no estabelecimento:
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