A família estava toda envolvida no tratamento contra o câncer do seu José, no início do ano de 2021. Certo dia, ele comentou o desejo de ver a Fofuxa prenha, uma buldogue campeiro que era o xodó do idoso. Entre indas e vindas do hospital, a cadela foi deixada sob cuidados e voltou prenha para casa. O dono, aos 68 anos, faleceu e não pode conhecer os filhotinhos, mas, um deles ficou como herança, ganhando muito amor e até festa de aniversário de um aninho. Veja vídeo no final da matéria.

[Colocar ALT]
Sogro tinha o sonho de conhecer os filhotinhos da cela, mas, faleceu antes. Foto: Adelino Vargas/Arquivo Pessoal

O Chefão, como o cão ganhou o nome, foi para a casa da filha do seu José, assim que nasceu. “Ele é um cachorrinho que significa muito pra gente. Eu levei a cadelinha do meu sogro para cruzar e ele prenhou sem a gente saber, no momento em que meu sogro faleceu. Nós pagamos uma cesárea para a cadela e o Chefão veio para ficar conosco. Nós brincamos que é a herança do nosso sogro, é o xodó da nossa casa”, afirmou o editor de imagens Adelino Vargas Padilha, de 42 anos. 

Segundo Vargas, o Chefão é muito especial, ganha um brinquedo diferente a cada mês e tem regalias como pão francês misturado a ração todas as manhãs.

“É engraçado que ele abre o embrulho e fica com dó de mexer nos brinquedos. É só no outro dia que ele pega e quer brincar. No domingo (20), ele completou um ano e minha esposa quis fazer um bolo de carne moída com ração para ele. Nós cantamos parabéns para ele, no estilo cachorrau. Foi uma diversão aqui em casa”, comentou. 

[Colocar ALT]
Chefão é palmeirense assim como a família Vargas.

“De manhã, bem cedo, por volta das 6h, ele vai para rua e faz o primeiro xixi. Depois, ele limpa a patinha e pega os brinquedos. Se a gente fala para ele pegar o macaco, ele vai na caixa dele e pega exatamente o que pedimos. Fica no canil enquanto a gente trabalha e depois fica solto com a gente. É uma coisa até engraçada, é um cão muito esperto mesmo”, disse.

No dia do aniversário, Adelino conta que o filho, o estudante de agronomia Thiago da Silva Padilha, de 20 anos, decidiu cantar um parabéns do jeito que o cão gosta. A esposa dele, a pedagoga Cristiane Gallas da Silva, de 43 anos, então fez o bolo, a decoração e gravaram o momento da cantoria ao estilo de “au au au au au e viva o Chefãooooo”.

“Ele ficou muito faceiro com a festa. Dava pra perceber a alegria dele, que fazia latido junto com o parabéns. É uma alegria que nos faz lembrar do meu sogro. E a Fofuxa, a cadela dele, foi para a casa dos meus pais, então, estamos todos em família. Meus pais também são apaixonados por ela. Todos os cães ganham muito amor e carinho na nossa família”, finalizou.