Nudez garantida? Marcada por exibir corpos nus em 1990, novela Pantanal repetirá o apelo do nudismo na Globo?

Manchete era considerada uma emissora “sem pudor” e Globo é criticada tanto por minimizar a nudez da versão original, quanto por decidir “explorar corpos”

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Em trailer dando uma prévia de "Pantanal"
Em trailer dando uma prévia de "Pantanal"

Lançada nos últimos dias, a primeira chamada do remake da novela “Pantanal” está dando o que falar. Além de emocionar os sul-mato-grossenses, a produção também vem causando espanto a alguns “desmemoriados” que idolatram a primeira versão, mas se chocaram ao notar que a nudez estará presente na regravação feita pela TV Globo.

De forte apelo e muito explorada na década de 1990, especialmente nas produções da Rede Manchete, o recurso do nudismo era comum e corriqueiro em produtos de dramaturgia na televisão. Frequentemente, alguma atriz aparecia com os seios ou o bumbum à mostra em “Pantanal”, e a sucessora “Ana Raio e Zé Trovão” não ficou atrás, chegando a exibir os seios da protagonista interpretada por Ingra Lyberato.

Depois de 32 anos, “Pantanal” segue no imaginário brasileiro, especialmente em Mato Grosso do Sul, já que a trama foi e voltou a ser gravada no Estado, prometendo levar para o país o modo como se vive na região, retratado na maior fidelidade possível. No entanto, como toda e qualquer ficção, “Pantanal” abusa da criatividade para inventar e reforçar mitos e estigmas do que se pensa sobre quem mora ali.

Fãs da versão original criticaram a Globo por colocar Juliana Paes “pelada” na primeira chamada e por exibir a atriz Bruna Linzmeyer com os seios parcialmente expostos. Nas duas situações, as personagens Maria Marruá e Madeleine estavam tomando banho no rio. Os breves takes foram o suficiente para que saudosistas mais antigos criticassem a “audácia” da Globo em veicular as cenas. Veja:

Desmemoriados?

O problema é que a versão original foi muito mais ousada em todos os sentidos possíveis do que se era aceito na televisão naquela época e até do que se é aceito hoje, e a nudez foi uma das maiores marcas de “Pantanal” da Manchete. Nas redes sociais, com destaque para o Twitter, dominado por um público mais jovem, há, inclusive, a exigência para que a TV Globo seja tão audaciosa quanto a emissora falida e extinta foi.

“Espero que a Globo se toque que um dos grandes motivos de ‘Pantanal’ ter feito sucesso foi o sex appeal que a novela tinha naquela época, eles botavam nudez e sexo de forma natural sem medo de serem criticados”, opinou um fã. 

“Pantanal exibida na extinta TV Manchete foi um fenômeno! As cenas de nudez eram uma atração a parte! Achava-se que Juma virava onça! Se a Globo acha que vai repetir o mesmo sucesso está enganada! Ninguém mais acredita que mulher vira onça! Os tempos são outros! Temos a internet!”, disparou outro.

Diferente do público mais “conservador”, no Twitter, internautas querem mesmo é que o remake pese a mão no conteúdo de nudez, muito mais do que a chamada revelou que haverá. O trailer inicial com a prévia do que vem por aí mostrou que a Globo está mesmo disposta a preservar algumas características que fizeram da primeira versão um sucesso e a nudez é uma delas.

Se cenas pouco convencionais para a vênus platinada em horário nobre no século 21 já foram alvo de duras críticas, imagine se a obra original fosse reprisada: aí não daria pra dizer que “a culpa é da Globo”. Na web, comenta-se que a Rede Manchete era uma emissora “sem pudor”. Confira as reações:

Conteúdos relacionados

piton bioparque