Novela Pantanal manda corpo para Campo Grande e esquece detalhe importante

“Até hoje tudo que os personagens foram procurar em Campo Grande, poderiam ter feito em Aquidauana”, dizem sul-mato-grossenses sobre a novela Pantanal

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Juma matou Solano e corpo foi levado para Campo Grande -(Fotos: TV Globo/Reprodução)

Ignorando com frequência a cidade de Aquidauana, a novela “Pantanal” não fez diferente no capítulo desta quinta-feira (22), quando Tadeu (José Loreto) levou o corpo do pistoleiro Solano (Rafa Sieg) para Campo Grande.

Não haveria problema se Aquidauana, região onde a novela foi gravada, não fosse rotineiramente esquecida pelos personagens.

O município só é mencionado quando alguém vai levar gado para as áreas rurais. Quando os personagens têm precisão de algum serviço urbano, recorrem sempre a Campo Grande, numa “logística sem lógica”.

Conforme os desabafos dos moradores, mandar o corpo de Solano para a Capital foi só mais uma delas. Recentemente, apenas a personagem Zefa se lembrou da cidade, bem desenvolvida, que fica ao lado das fazendas. Expulsa por Tenório (Murilo Benício) e Zé Leôncio (Marcos Palmeria), a personagem de Paula Barbosa ameaçou ir embora para Aquidauana e não para Campo Grande, em uma viagem bem mais comprida, como todos fazem.

“Acredito que o autor não pesquisou direito como funciona o deslocamento na região e, por não conhecer os mecanismos, achou mais fácil direcionar tudo para Campo Grande”, pontuou Lucas Gabriel, um morador da cidade em seu Twitter.

Aquidauana oferece tudo que qualquer pessoa precisa. A cidade tem população estimada na casa dos 50 mil habitantes, conta com um grande centro, médicos e laboratórios.

“Até hoje tudo que os personagens foram procurar em Campo Grande, poderiam ter feito em Aquidauana”, diz o rapaz, que é universitário.

Com 130 anos de emancipação, ante os 123 oficiais de Campo Grande, o município, tal como Corumbá, também do Pantanal, vem sendo esquecido pelo folhetim.

“Estão em MS, mas o Zé Leôncio adora falar de Poconé, Cáceres [que são de MT]… nunca vi. E de Corumbá nunca falam”, observa a sul-mato-grossense Ana Clara em sua rede social.

Segundo os relatos, a ausência de representatividade desses municípios tem gerado mal-estar e a população tem ficado chateada.

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