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Com 70% do corpo queimado, João vende balas na Mato Grosso para comer e pagar remédios

Trabalhador chegou a pedir para morrer para não sentir mais dor e, junto com a mulher, pede ajuda para sobreviver em Campo Grande
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Impossibilitado de trabalhar com 70% do corpo queimado
Impossibilitado de trabalhar com 70% do corpo queimado

A véspera de do trabalhador João Batista Alves foi de dor e desespero. O homem de 43 anos foi queimado dentro de seu carro no dia 24 de dezembro, quando acendeu um cigarro dentro do veículo e um descuido causou uma explosão que quase tirou sua vida.

O acidente aconteceu em , onde ele trabalhava na roça, fazendo cortes com motosserra. Para abastecer o equipamento, o trabalhador sempre carregava consigo um galão de gasolina. Na véspera de Natal de 2021, em 24 de dezembro, João entrou no carro, acendeu um cigarro e só sentiu a explosão em suas costas. O galão tinha ficado com a tampa aberta, evaporando e vazando no veículo a noite toda.

“Hora que eu risquei o isqueiro, o fogo veio de trás. Aí me queimou, me jogou lá fora. Fiquei um mês internado e tem quase 20 dias que eu estou aqui na casa de apoio da Prefeitura de . Eles dão café da manhã e almoço, e a gente vende essas balas pra poder pagar a janta e os remédios”, conta o trabalhador.

Impossibilitado de trabalhar com 70% do corpo queimado, com queimaduras de terceiro grau, João é um sobrevivente. A esposa, Luciana Bernardes, de 45 anos, precisa estar junto para axiliá-lo, já que, devido às queimaduras, ele não tem conseguido nem tomar banho e não poderá mais trabalhar no sol.

“Não tenho estudo, não sei o que eu vou fazer, não tenho profissão. Só sei trabalhar na carvoaria, cortando lenha”, se desespera. Quanto à recuperação, ele respondeu à reportagem: “É só dor. Tem hora que eu não durmo de noite, os remédios são todos caros. As vezes tem gente que ajuda a gente a comprar, é só remédio de 120, 150 reais, tudo controlado”, lamenta.

Homem mal pode vestir roupas direito por causa das queimaduras (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Há quase um ano, casal veio de Minas Gerais, da cidade de Januário, numa região perto da Bahia, para trabalhar na área rural de Ribas do Rio Pardo, em Mato Grosso do Sul. Há 10 dias, os dois fixaram um ponto no cruzamento entre a Rui Barbosa e a Avenida Mato Grosso, em frente à casa de apoio, onde vendem balas para arcar com os custos mencionados.

Se Luciana conseguir um trabalho, eles pretendem ficar pela Capital de MS. “Já trabalhei como doméstica e ajudante de cozinha”. Para quem quiser ajudar com um emprego para Luciana, ou no custeio dos remédios, moradia e comida, o telefone para contato via é o (68) 9.8518-9636. Esse número não recebe ligações, apenas pelo aplicativo de mensagens.

Já o número (67) 9.9821-7044 é o contato pelo qual é possível efetuar chamadas. Além disso, os dois se encontram no endereço entre a Rua Rui Barbosa e a Avenida Mato Grosso, em Campo Grande.

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