Ano do tigre: saiba o que a comunidade Okinawana faz para celebrar o ano novo lunar em Campo Grande
Campo Grande é vista como a cidade mais okinawana do Brasil
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A cultura japonesa está muito presente em Campo Grande, principalmente por Mato Grosso do Sul ter uma das principais e maiores colônias do país oriental residindo no Estado. No dia 1º de fevereiro, os imigrantes okinawanos e seus descendentes celebraram o ano novo pelo calendário lunar. Para eles, nesta data, teve início o ciclo energético do Ano do Tigre de Água e, com ele, o dinamismo no cenário global e cotidiano em 2022.
“A comemoração do Ano Novo baseado no horóscopo chinês é um dos eventos mais importantes da comunidade okinawana em Campo Grande, sendo realizada desde os primórdios da imigração okinawana, há mais de 100 anos em nossa cidade”, afirma Marcel Arakaki Asato, presidente da Associação Okinawa de Campo Grande.
Marcel explica que, além de comemorar a chegada do novo ano, também é realizada uma homenagem aos aniversariantes do signo, e aos que completam 90 anos ou mais em 2022, na contagem de Okinawa. “Na língua de Okinawa diz-se ‘Ii sogwachi debiru’ (Feliz Ano Novo), sendo costume visitar a casa de familiares e amigos próximos e trocar presentes”, conta.
“É interessante lembrar que Campo Grande é vista como a cidade mais okinawana do Brasil, já que a maior parte dos imigrantes japoneses daqui vieram de Okinawa. Nossa cidade teve várias influências marcantes dos okinawanos, sendo o mais famoso, o sobá de Okinawa que se tornou prato típico da nossa cidade”, pontua o presidente.
Ano do Tigre
Sobre o Ano do Tigre, segundo Beatriz Nagahama, especialista em espiritualidade okinawana, o ano do tigre costuma ser bastante movimentado. É um ano que traz boas fortunas e sorte. Mas, ao mesmo tempo, é preciso tomar cuidado porque este movimento pode fazer com que as pessoas tenham impulsos agressivos e, com isso, atrair situações difíceis.
Okinawa ou Utiná
Okinawa ou Utiná é uma província localizada no sul do Japão, que fazia parte de um reino independente (reino de Ryukyu) e possuía uma cultura, história e língua distintas até 1879, quando foi anexada pelo império japonês. A partir de então, muitas manifestações culturais foram suprimidas e até o uso da língua materna foi proibido, num processo de colonização, conforme relata Marcel Arakaki.
“Felizmente, os imigrantes okinawanos em terras brasileiras conseguiram preservar boa parte de suas manifestações culturais”, se orgulha. Para celebrar o ano novo em 2022, fez uma cerimônia singela, mas bastante especial.
Impossibilitados de fazer a grande festa pelo segundo ano consecutivo, devido à pandemia do coronavírus, a Associação Okinawa de Campo Grande comemorou a chegada do Ano do Tigre de um jeito diferente: apresentando um vídeo inédito como forma de homenagem para todos que abraçam e vivenciam essa cultura.
“No morro do Ernesto fizemos a gravação das apresentações de artes marciais (karatê, kobudo e kung fu). Escolhemos lá pelo fato de ser muito bonita a paisagem e trazer uma energia positiva para quem assiste”, comenta Marcel. Confira:
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