Desde que a do Covid-19 começou, é inegável que um dos setores mais afetados pela crise foi o de eventos. Sem festas, eventos e com aglomerações proibidas, empresas tiveram que mudar o jeito de trabalho e se adaptarem a um novo formato para continuarem funcionando em Campo Grande.

É o caso de Elaine Batista de Oliveira, que está à frente de duas empresas que produzem eventos na Capital, uma de eventos corporativos e outra de formaturas. Ela contou ao Midiamax que ambos os lugares estão há 13 meses sem realizar festas porque os decretos liberados não atendem o perfil de eventos executados pelos locais. Por isso, teve que desligar 50% dos colaboradores nesse período e reduzir a carga horária dos demais.

Elaine não teve outra escolha senão se adaptar às mudanças. Agora, empresas se especializaram em eventos digitais, híbridos e já executaram projetos de hospital de campanha para a . Outro trabalho realizado foi o Cine Drive-in em parceria com o shopping Bosque dos Ipês e diversas lives. “Mesmo assim não substitui o faturamento médio da empresa, mas nos ajuda a sobreviver”, comentou a diretora.

Hospital de campanha realizado para a Cassems (Foto: Arquivo Pessoal)

 

Outro ponto fundamental foi a migração para o digital. Vendas, reuniões e apresentação de projetos são feitas pela Internet desde o começo do isolamento social. Apesar de ser muito difícil substituir as negociações presenciais, empresas estão buscando ferramentas criativas para manter as vendas. Contudo, o período de adaptação foi muito difícil.

“Primeiro a preocupação foi manter a saúde física, emocional e psicológica minha e da equipe, porque não é fácil essa indefinição, o medo da doença e de não saber quando vamos retomar, tudo isso gera muita insegurança”, contou Elaine.

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Cine Drive-in para o Shopping Bosque dos Ipês (Foto: Arquivo Pessoal)

Com mais de 25 festas na fila de espera e formaturas aguardando desde abril de 2020, a rotina está focada em enxugar as despesas ao máximo, dar todo o suporte aos clientes e buscar maneiras de continuar seguindo em frente.

“Nunca me imaginei fazendo hospital, ter essa oportunidade neste momento foi um presente do universo que nos proporcionou ajudar a salvar vidas com o nosso trabalho. Estamos orgulhosos por conseguir sobreviver e se reinventar rapidamente. Mas estamos loucos e cheio de vontade de retomar os eventos e as festas”, disse Elaine Batista.

Buffet In the Box

Maria Adelaide de Paula Noronha é proprietária de buffet que atua em Campo Grande. Sem festas e eventos há mais de um ano, o jeito foi apostar na entrega de comida no estilo in the box, ou seja, “na caixa”. O método diz respeito à entrega do buffet na própria casa do cliente.

A empresária disse ao Midiamax que imaginou que a situação acabaria rápido no início da pandemia. Porém, não foi o que aconteceu. “Depois entendemos que deveríamos encarar este novo momento com criatividade e com todo o cuidado que o momento pede”, disse.

Foi assim que equipe investiu fortemente na entrega do buffet em casa, prática que já era muito utilizada em épocas comemorativas como Dia das Mães e Natal. Depois, passaram a vender feijoada aos sábados e incluíram novos pratos no cardápio. Empresa também implantou os pedidos por e telefone, com delivery ou take-away (levar pra casa). Na sequência, as vendas evoluíram para e-commerce, com novos pratos e encomendas de “mini eventos In The Box”.

Pratos de buffet agora são entregues em casa (Foto: Reprodução/Yotedy)

“Com muita coragem e determinação, e em unidade com todos os colaboradores, buscamos criar novos pratos, cuidando sempre da apresentação, sabor e orientando a forma de aquecer e levar para a mesa com a mesma qualidade que em nossos eventos”, explicou.

Maria Adelaide também disse que buscou recursos do Governo Federal, melhorou a administração dos custos operacionais e foi atrás do apoio de parceiros e fornecedores. Outro pronto fundamental está sendo a proximidade com os clientes que já estavam com contratos fechados, dando assistência e orientação.