Filmado em Mato Grosso do Sul, escrito e dirigido por Cainã Siqueira, o Eu temo que não amanheça” mostra a jornada do próprio diretor ao se descobrir como um homem preto já na vida adulta. Com narrativa poética, monólogo e entrevistas, o filme faz um aos antepassados, como sua mãe e avó, para entender seu lugar em um país onde não se discute o colorismo como deveria.

Cainã questiona os próprios privilégios enquanto homem preto de ‘pele clara', mas não esquece de suas dores. “O filme surge da minha autodeclaração como pessoa negra e dessa necessidade de saber sobre a história da minha família e consequentemente sobre a minha própria, mas acredito que a grande questão que é discutida ao longo dele é o movimento de embranquecimento, exclusão e extermínio, disfarçado de ciência que aconteceu e ainda acontece no Brasil até hoje”, explicou o diretor e escritor.

Segundo ele, o destaque para o produto audiovisual se deve pela descoberta de pessoas negras que foram apagadas historicamente pela e movimentos sociais, e principalmente, por ser um filme de protesto em um estado controlado pelo agronegócio.

A produção contou com sete pessoas em sua equipe e foi finalizada em três semanas. Filme foi financiado pelo Edital Emergencial da Lei Aldir Blanc (14.014/2020), através da Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul.

Ficha Técnica

  • Roteiro e Direção – Cainã Siqueira
  • Direção de Fotografia – Gabriel Ribeiro
  • Produção – Fernando Filho
  • Produção Executiva – Raylson Chaves
  • Edição e Montagem – Cainã Siqueira e Luiz Felipe Sudorio
  • Fotografia Still – Marianny Nantes
  • Maquiagem – Isabella Rodrigues

Confira o filme “Eu temo que não amanheça' abaixo: