‘A gente tem que se blindar’: motorista de app em Campo Grande, Priscila já levou choque de passageira
Ela se desdobra entre os desafios no trânsito de Campo Grande e a rotina como mãe de duas crianças
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“Todo dia é uma história nova. Às vezes, a história é triste, às vezes engraçada, e às vezes um perrengue. Por conta disso eu decidi começar a compartilhar, porque eu contava pra alguns amigos e eles falavam ‘você tem que começar a postar isso, as pessoas vão se interessar’. Dito e feito”.
Compartilhando o dia a dia de uma motorista em Campo Grande, Priscila Luz criou uma página onde registra tudo o que passa: seus ganhos, desafios, conversa fiada e memes que ela mesma faz da rotina pesada no trânsito da Capital. Segundo a motorista, o perfil tem de tudo: “as belezas, as lutas, dificuldades que a gente enfrenta, dicas de corridas boas, histórias emocionantes com passageiros… e por aí vai”, diz ela ao Jornal Midiamax.
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À reportagem, ela confirma que passa por muitas situações difíceis. “A gente tem que se blindar porque toda hora tem alguém fazendo alguma coisa no trânsito, alguém que não deu seta, ou entra com tudo. Aí temos que proteger, principalmente, o psicológico, senão a gente surta. Teve assédio, teve caso que eu levei choque de passageira, mas, acredito que são mais histórias boas do que ruins, graças a Deus”, conta Priscila, sem entrar em detalhes, preferindo focar no lado bom.
Aos 28 anos, ela mora com os dois filhos pequenos e concilia a rotina no trânsito com a rotina de mãe. E isso não é nada fácil. “Me tornei motorista de aplicativo porque a empresa que eu tinha faliu. Com duas crianças, eu precisava de uma renda. Sempre gostei de dirigir e falei ‘é isso’. Era pra ser um negócio passageiro, até eu arrumar algo pra fazer, mas tô aqui até hoje, e gosto”, comenta.
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Hoje, Priscila trabalha somente dirigindo por app e diz que está começando a ser descoberta e fechando parcerias por conta de sua página de sucesso, mas afirma que sua maior e principal fonte de renda é mesmo transportando pessoas.
“Trabalho desde os 16 anos de idade, comecei numa sorveteria e nunca mais parei. Tive a ascensão, com a minha empresa, e quebrei. No começo me senti mal, achava que era um declínio social, aí depois eu parei pra pensar ‘cara, isso faz parte da minha história’. E eu comecei a me inspirar em pessoas que deram um passo pra trás e depois alavancaram novamente. Aí eu falei ‘é o que eu sou, faz parte de mim estar aqui agora, eu não posso ter vergonha’, e comecei a contar meu dia a dia”, relembra, em depoimento ao MidiaMAIS.
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A página de causos é um fenômeno e já conta com mais de 18,5 mil seguidores e milhares de interações a todo momento. Inicialmente, o espaço virtual era só diversão, mas o lazer já está rendendo bons frutos. “Primeiro as pessoas te notam, os seguidores, os usuários, e depois as empresas começam a te notar. E eu tô nesse processo, fechei algumas parcerias muito legais nesse finalzinho de ano, tá começando a me dar retorno. Eu tô nessa virada de chave, começando a ganhar dinheiro com isso”, comemora.
Apesar dos perrengues, a motivação vem de um lugarzinho especial. A motorista relata que se diverte muito com a página e conta que as pessoas ficam esperando seu bom dia, os stories ou o caso da vez. E ela responde: “Faz bem pra vocês, mas também faz bem pra mim. Nossa, me traz muita alegria saber que as pessoas se identificam, que estão na rua, autônomos, que estão na mesma situação, que às vezes passam por dificuldade financeira, saber que tem pessoas que se identificam comigo e até se inspiram, é muito bom. Isso me motiva, na verdade”, finaliza Priscila.
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