Finalista em Tóquio, campo-grandense Leo de Deus relembra trajetória e já faz planos para Paris 2024
Leonardo teve o melhor desempenho para um brasileiro na prova e, desde 2018, campeonato estadual leva seu nome
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“Filho” de Campo Grande, Leonardo de Deus não tem do que reclamar de seu desempenho nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Com muita dedicação e cuidado com a saúde mental, o nadador fez o melhor tempo de sua carreira e ainda marcou seu nome na história, com o melhor desempenho de um brasileiro na prova de 200 metros borboleta. Além de ser campo-grandense, o atleta ainda tem carinho por Mato Grosso do Sul, que foi um dos primeiros a reconhecê-lo, tanto que o campeonato estadual leva seu nome.
Depois de participar de sua terceira Olimpíada, aos 30 anos, Léo de Deus diz que a participação foi gratificante e que não pretende parar em Tóquio. Em um ano de pandemia e sem competições, o atleta fez o melhor tempo de sua carreira na semifinal e garantiu o sexto lugar na final dos 200 metros estilo borboleta. Léo já sonha em participar dos Jogos Olímpicos de Paris aos 33.
“Já me perguntaram se era a minha última [Olimpíada]. Eu participei dos Jogos aos 21 anos, depois no Rio eu tinha 25 e, agora, com 30 anos, fiz o melhor tempo da minha vida. Em 2018, fui medalha de prata [no Campeonato Pan-Pacífico de Natação], agora nos jogos fiz minha melhor marca. Isso só mostra que a idade não é uma barreira quando você se dedica 100%. A idade se torna aliada da confiança, do amadurecimento, esse ciclo serviu pra me mostrar isso”, explica.
Animado com Paris em 2024, o campeão mundial em piscina curta e tri-campeão pan-americano diz que a medalha olímpica é a única coisa que falta em sua carreira e garante que vai lutar muito para fazer acontecer. “Só falta essa medalha. Vamos trabalhar muito para consertar todos os erros e, com a medalha, coroar toda uma carreira. Não podemos desistir, a idade é experiência para construir o melhor resultado”, afirma Léo.
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Saúde mental
Uma das principais pautas dos Jogos Olímpicos de Tóquio foi a saúde mental, um dos principais fatores que podem atrapalhar os atletas que representam seus países na competição. Para garantir foco total na competição, Léo diz que foi preparado por uma coach mental desde o início do ano para se ‘blindar’ contra os sabotadores: os pensamentos ruins.
“É uma pressão muito grande você representar seu país. Tem esse receio, será que estou bem? E estes foram Jogos totalmente atípicos, estamos em uma pandemia, tivemos um ano a mais de treinamento. Muitos atletas sentiram, foi muito pesado”, comenta.
Apesar de ter nascido em Campo Grande, o nadador conta que sua família se mudou para o Pará ainda muito cedo. Entretanto, Leonardo diz que tem muito carinho por Mato Grosso do Sul, que foi o primeiro a reconhecê-lo. Em MS, o Campeonato Estadual de Verão foi batizado com seu nome. “O fato de terem colocado meu nome foi muito bacana. Me senti lisonjeado. Eu pensei: ‘ainda estou vivo e colocaram o meu nome na competição?’. Geralmente, colocam o nome de uma pessoa que já morreu”, brinca.
Para acompanhar de perto o campeonato que leva seu nome, Léo de Deus esteve em Campo Grande pela última vez em 2018. Depois, ficou muito difícil conciliar a agenda, por conta da preparação para os Jogos Olímpicos. Para o nadador, o fomento ao esporte é fundamental para a sociedade. “Quando você investe no esporte, também está investindo na saúde e na segurança pública. Potencial nós temos, empresas também, só falta o incentivo”.
Para os pequenos campo-grandenses que, assim como ele, sonham em participar de uma Olimpíada, a recomendação de Léo de Deus é ter muita perseverança.
“Você terá que tomar decisões muito jovem, você tem que abdicar de muitas coisas, tem que estar disposto a pagar o preço, acordar cedo, sentir dor, superar, fazer tudo e mesmo assim não dar o resultado, não desistir. É caminhada, se você acredita, se você confia em você, a palavra maior é perseverar, não desistir”.
Apesar de parecer um conselho clichê, o nadador reforça que a perseverança sempre foi a chave para seu sucesso. Léo conta que não vencia as competições no início da trajetória. “Uma coisa bem bacana é que eu nunca fui aquele atleta que ganhava tudo, mas a gente vai bater na tecla de perseverar. No outro dia, eu já estava lá treinando. Esse é o segredo: treinar, se dedicar e dar o melhor”, conclui.
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