O médico cardiologista Dr. Alfredo Arruda lança no próximo dia 21 de agosto a obra “Lembranças e Sonhos”. Um dos pioneiros da cardiologia no Mato Grosso do sul, o médico escreve sobre suas memórias desde a infância em Cáceres – MT até os dias de hoje em Campo Grande. A cerimônia de lançamento da obra será às 19 horas no Novotel, localizado na Avenida Mato Grosso, 5.555.
Médico cardiologista formado na Faculdade Nacional de Medicina da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro (RJ), Alfredo Pinto de Arruda é professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), fundador do Proncor, ex-secretário municipal de Saúde de Campo Grande, ex-secretário estadual de Saúde e chefe de Gabinete do ex-governador Pedro Pedrossian.
Na obra, publicada pela Life Editora, o renomado cardiologista narra em 234 páginas, com precisão cirúrgica, os momentos mais marcantes, incluindo os alegres e tristes, distribuídos em três partes: a infância no Pantanal do Mato Grosso; os estudos na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro; e os anos de trabalho e alegrias em Campo Grande.

“Nunca tive a pretensão de escrever livro nenhum porque não é a minha praia. Eu sou médico, mas eu gosto de contar história e na minha cidade natal tem muitas. A minha mãe, meu bisavô e minha bisavó me contaram muitas histórias da cidade e das pessoas que faziam parte dela. Isso me motivou a começar a escrever contos para minha própria lembrança, como se fosse um acervo. Os meus colegas de estudo de Filosofia e História sempre me pediram para publicar um livro com essas minhas histórias e, agora, aí estão elas”, revelou Alfredo Arruda.
A primeira parte da obra relata os anos de 1950, quando ainda vivia em Cáceres, relembrando momentos protagonizados por seu avô Manoel Garcia, bem como os de sua mãe Adelina Garcia, a “Dona Gica”. O livro também fala sobre o pai do autor, José Pinto de Arruda, mais conhecido como “Zé Pinto”, um homem de visão amazônica que deu asas aos filhos para que tivessem uma formação profissional.
Já a segunda parte do livro “Lembranças e Sonhos” é dedicada aos anos vividos na “Cidade Maravilhosa” para cursar Medicina. No começo, como revela Alfredo Arruda, encontrou dificuldade para se adaptar porque a selva de pedra é bem diferente do Pantanal, mesmo assim concluiu a faculdade, fazendo questão de transcrever no livro o perfil de cada colega e de cada professor que teve nos anos em que passou no Rio de Janeiro.
A terceira e parte final da obra é focada na vida em Campo Grande, onde trabalhou pensando em melhorar a saúde pública, mas se deparou com pessoas que não pensavam em outra coisa que não fosse dinheiro. “Fiz minha carreira na Medicina aqui na Capital, fui secretário municipal de Saúde, professor universitário por 35 anos, ajudei a montar o HU (Hospital Universitário) e fui secretário estadual de Saúde no Governo de Pedrossian, de quem fui muito amigo. Também fundei o Proncor”, recordou o cardiologista.
“Prossigo minha vida fazendo o que eu sempre gostei de fazer: sou médico por inteiro. Passo noites preocupado com meus pacientes e levo para casa essas preocupações com o sucesso ou não dos tratamentos. Aprendi que na vida se faz o que é possível e devemos nos vangloriar disso. O que é incompatível é a omissão”, destacou Alfredo Arruda que, como médico, teve a oportunidade única de ver os doentes desnudos, física e espiritualmente.
Sobre o título da obra, o médico e escritor relata que escolheu o nome tentando fazer justiça às belas histórias, pensadas e vividas, para poder sentir que o mundo é do tamanho dos sonhos e ter certeza de que alguns desses sonhos serão, um dia, lembranças. “Dormem e dormirão juntos para sempre as lembranças e os sonhos”, finalizou.
Com assessoria.