Disputa aconteceu em São Paulo 

Mato Grosso do Sul ficou entre os três lugares do pódio na disputa que na noite desta sexta-feira (21), elegeu a mais bela transexual do Brasil. Eleita miss transex MS em setembro de 2016, Daniela Lima, de 28 anos, desbancou outras 26 concorrentes e trouxe para o Estado o terceiro lugar da disputa. O concurso aconteceu no teatro Santo Agostinho, em São Paulo.

Para ser eleita dona do terceiro rosto mais belo da noite, Daniela entrou na passarela por duas vezes. No primeiro desfile em traje de banho, os jurados avaliaram o corpo e feminilidade das candidatas, na segunda aparição no palco, já com traje de gala, foram julgados a elegância, simpatia e postura das concorrentes.  

Além do desfile que revelou o glamour das participantes, uma pergunta sobre temas variados foi sorteada e feita para as candidatas. A representante de Mato Grosso do Sul arrancou palmas da plateia e conquistou os jurados ao responder o que pensava sobre a evolução e aplicação de políticas públicas para as minorias.

“Já tivemos muita evolução com o passar do tempo e ainda estamos em construção nessa evolução, não só as trans, mas todo o meio GLS em geral e todas as pessoas que se enquadram em minorias, sejam negras, sejam gordas, de qualquer forma que a pessoa se sinta. É preciso parar de estigmatizar as pessoas como rótulos, temos que ter nossa essência de quando nascemos”, respondeu.

O corpo de jurados foi integrado por importantes nomes do segmento nacional da moda e beleza, entre eles o maquiador Celso Kamura e o estilista Walério Araújo.

Frank Rossatte, organizador do concurso miss transex Mato Grosso do Sul, lembra que quando o assunto é competição de beleza, a comunidade do Estado sai na frente. “No concurso nacional de mulheres nunca conseguimos uma boa colocação, o máximo que conquistamos foi estar entre as 12 colocadas. Diferente disso, em 2010 conseguimos o 3º lugar no concurso miss Brasil gay, e agora novamente ficamos entre os 3 melhores colocados no miss Brasil transex”, explica.

O organizador lembra que o resultado positivo tem ligação direta com a luta da comunidade LGBT na busca por visibilidade e respeito. “Esse resultado exalta a beleza trans do Estado e o empoderamento delas, além de estimular as meninas a seguir na luta delas que já é bem difícil”, afirma.

O primeiro lugar na disputa ficou a modelo Izabele Coimbra, de 23 anos, que representou Minas Gerais.