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Para narrar lado cômico de doença que faz dormir, estudante de MS usa o Youtube

Há dois anos Camila tem narcolepsia. Diagnóstico surgiu só no fim de 2015
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Há dois anos Camila tem narcolepsia. Diagnóstico surgiu só no fim de 2015

 

 

“Oi, gente! Meu nome é Camila e eu tenho narcolepsia”. É desta forma bem direta que a estudante de arquitetura Camila Catherine de Morais Cassundé, de 23 anos, começa seu primeiro vídeo, no canal no Youtube ‘Sobreviva, Camy!‘. Na plataforma, ela passou a narrar fatos do dia a dia de uma pessoa que convive com narcolepsia, doença que sem aviso prévio leva o paciente a um sono súbito. Prestes a graduar-se, Camila foi convencida por amigos a fazer um canal para falar sobre como a doença passou a afetar a própria vida. E em seu terceiro vídeo publicado, já passa a chamar atenção.

O recém criado canal ainda não tem cenário, iluminação profissional, efeitos especiais ou outras firulas dos youtubers, mas tem de sobra bom humor e informação sobre a narcolepsia. De acordo com a estudante, conviver com a doença após o diagnóstico e tratamento não é um grande desafio, já que pacientes medicados conseguem restabelecer a normalidade das atividades cotidianas. Isto, a propósito, já está acontecendo com Camila há cerca de 15 dias, quando passou a tomar um remédio específico para narcolepsia. “Comecei o canal justamente por isso, porque depois de uma semana que passei a tomar o remédio correto, parei de desmaiar”, diz a estudante.

O ‘Sobreviva’ que intitula o canal, portanto, talvez tenha mais a ver com os dois anos que a estudante enfrentou enquanto buscava descobrir o que causava os desmaios súbitos. “Fui a vários médicos, tomei todo tipo de  remédio e mesmo assim os desmaios continuavam. Foram dois anos até descobrir que era narcolepsia, no final de 2015. Em mim, a doença se manifesta com cataplexia, que são os desmaios súbitos. E cada vez que isso acontecia começava uma das histórias que tenho para contar”, diz. “Claro que é preocupante, mas não deixa de ter um fundo engraçado nisso tudo, até porque eu tento ao máximo levar tudo numa boa. Meus amigos é que diziam que daria para escrever um livro narrando esses causos, porque era muita história vindo de uma pessoa tão nova”, conta Camila.

 

Caso não visualize o player, clique AQUI.

Apoio e superação

Camila encara a narcolepsia de frente e faz de tudo para lidar da melhor forma com a nova realidade. “Sempre fui uma pessoa bem alegre, tento sempre ver o lado bom das coisas. Eu tive, com certeza, dias ruins por causa disso. Foi um baque, mas no geral eu passei a lidar com tranquilidade. E agora que tive uma resposta positiva do medicamento, estou realmente vendo uma perspectiva de melhora”, afirma.

Namorado tem 'função' de acalmar pessoas quando Camila desmaia / Divulgação

 

 

Os pais de Camila também não mediram esforços em promover conforto à filha. “Eles fizeram de tudo por mim nesse período em que o mundo virou de cabeça para baixo. Imagina você ser maior de idade e se ver, de certa forma, dependente dos outros para sair de casa… Meus amigos foram muito parceiros e meu namorado também ficou do meu lado o tempo inteiro. Aliás, ele tem um papel importante, que é fazer com que as pessoas ao redor não entrem em pânico quando me virem desmaiar”, brinca.

Esse otimismo é presente em cada frame dos vídeos de seu canal. Às vezes, até com uma pitada de ironia, também – como quando finaliza a produção com algo do tipo “um beijo, até o próximo vídeo e tentem não morrer”. “É que eu sou uma sobrevivente, mesmo! Já tive desmaio quando tava em cima de uma escada, quando estava com vidro na mão, quando estava na academia… Fiquei bem machucada, tanto é que um dos vídeos é apresentação de um ‘kit de sobrevivência’, com direito a analgésico, pomadas para reduzir inchaços e ajudar na cicatrização”, explica.

 

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