Elas também podem ser compradas diretamente do Banco Central
Esqueça o álbum de figurinhas, a febre do momento é colecionar a tiragem especial de moedas comemorativas dos Jogos Olímpicos 2016, cunhadas pelo Banco Central. Com temas que representam as modalidades esportivas, a suposta raridade das moedas curiosamente também despertou a movimentação de um mercado informal de compra e venda, com pessoas de olho em obter um troquinho a mais. E em alguns lugares, tem moeda que chega a R$ 500!
Duvida? Basta acessar o OLX e fazer uma busca que você vê dezenas de pessoas barganhando o valor das moedinhas. Aliás, o valor de coleção realmente existe. O que não existe é um método correto de avaliação. Os preços variam de acordo com o ‘achômetro’ do vendedor.
Um deles é Adriano Ramires, 31, vigilante, que anuncia a venda de várias moedas que surgiram no troco. “Coloquei à venda porque tava todo mundo vendendo. Eu comecei a colecionar porque achei bonito, deixava guardada, mas depois percebi que elas deixaram de circular e ficaram raras. Foi quando comecei a vender. Agora só tenho cinco moedinhas”, explica.
Da coleção de Ramires, uma moedinha de R$ 1 real sai a R$ 15 para o comprador. “As mais comuns aqui são a do atletismo paraolímpico e a do vôlei. Mas em outras cidades, a do golfe é mais comum. Tenho uma também do centenário do Juscelino Kubistchek, mas essa sai a R$ 35”, acrescenta.
Para chegarem ao preço final, o colecionadores de primeira viagem fazem pesquisas online, basicamente em sites de vendas como OLX e Mercado Livre. Assim, conseguem avaliar a raridade do item de acordo com a região do país, o que permite supor um preço. Só supor, mesmo, já que algumas propostas de compra e venda pedem até R$ 500 em moedas comuns.
O servidor público estadual Arlindo Nunes, 52, também tem moedas à venda. O preço que ele propõe é salgado, R$ 150, mas ele acredita no valor que pede. Em posse de Arlindo, estão as moedas do atletismo paraolímpico e do arco e flecha.
“Tenho aqui cinco moedas, mas até agora não consegui vender, porque tem muitas moedas à venda, ainda. Vi outros anúncio e soube de gente que tinha vendendo até por R$ 200. Fiz uma média meio ‘burralda’, mas se colar, colou. A gente não tem, assim, um conhecimento do valor, mas sabe que é rara, né? Qualquer coisa vendo daqui a dez anos”, explica.
Valor ‘real’
A cunhagem de tiragem especiais de moedas comemorativas aos Jogos Olímpicos é uma tradição e foi feita por praticamente todos os países-sede da era moderna. O que poucas pessoas sabem, entretanto, é que ‘completar a coleção’ é menos burocrático do que se imagina e que existe, enfim, uma tabela oficial com o preço de cada item.
Algumas das moedas começaram a circular já no fim do ano passado e estão à venda pela internet, no site do Banco do Brasil, e também em algumas agências em capitais brasileiras (Campo Grande não consta na lista). Nesses locais, você pode adquirir até a moeda de ouro que sai por mais de… Mil reais! Cliquei AQUI para conferir os exemplares.
Além disso, também há moedas com valor de face (ou seja, valor do dinheiro em si) inéditos, tais como de R$ 2, R$ 5 e R$ 10. As comuns, em circulação, são as tradicionais de R$ 1, e foram distribuídas pelo próprio Banco Central. As moedas de prata e ouro, todavia, têm preço elevadíssimo: a de ouro da Tocha Olímpica sai a R$ 1.180, com valor de face de R$ 10. E você só pode comprar uma unidade. Já as de prata saem por R$ 195 na loja oficial do Banco do Brasil/Banco Central.
Tem opções mais modestas, também: a cartela que vem com 4 moedas especiais, referentes ao boxe, natação paraolímpica, e aos mascotes Vinícius e Tom, por exemplo, também tem preço tabelado e sai a R$ 45. As moedas mais comuns custam R$ 13.
