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No Dia do Chimarrão amantes da tradição gaúcha comemoram em Campo Grande

Estima-se que 11 milhões de gaúchos se unam na paixão por essa bebida
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Estima-se que 11 milhões de gaúchos se unam na paixão por essa bebida

Nesta sexta-feira (24) é comemorado o Dia do Chimarrão no Rio Grande do Sul (RS), mas mesmo quem mora em , Mato Grosso do Sul, se identifica com a data e comemora o dia da bebida típica do sul do País. Para a gaúcha Maristela Casolo, de 47 anos, que nasceu em Uruguaiana, a 632 quilômetros de , e mora a 33 anos em Campo Grande tomar o chimarrão é um habito diário.

 “Por costume a gente toma sempre, todo dia de manhã cedo e mais no fim da tarde”, lembrou.

A agropecuarista teve três filhos em solo sul-mato-grossense e passou para eles a tradição vinda do RS. “Quando eu vim (para Campo Grande) eu vim com meus pais e tomava em casa. Me casei com um gaúcho e  a gente manteve o habito, por gosto meus filhos também tomam”.

Para Maristela o fato de estar longe do Estado de origem não tira o sabor do chimarrão. “É o mesmo sabor, aqui a gente reúne a família e toma. Uma vez por ano a gente vai para o Sul, mas quando está em casa faz o mate e toma”.

O clima de Campo Grande não interfere na tradição gaúcha, mesmo a cidade sendo mais quente eles mantém a tradição.  “Com certeza aqui é mais quente, mas o habito não muda”.

Mesmo quem não é do sul do País, mas têm raízes o costume não muda. Sendo passado pelas gerações da família, a jovem Hanna Beatriz Rodrigues, de 18 anos, nunca foi ao RS mas todos os dias toma chimarrão. “Tem uma parte da família da minha mãe que é de lá, mas uma parte distante, acho que um bisavô.”

Ela que frequenta CTG (Centro de Tradições Gaúchas) garante que mesmo tendo nascido em Campo Grande nunca gostou de tereré e toma o ‘mate’ todos os dias. “Minha vó foi trazendo e todas nós tomamos, eu amo. Aqui em casa a gente reúne a família e toma no final do dia, é comum”.

Ainda de acordo com a jovem, o calor da cidade não atrapalha o costume e para quem acha que é só ferver a água a jovem explica que tem uma temperatura certa para não queimar a erva, que a mesma usada no tereré só que moída mais vezes para ficar mais fina. “A água não pode ferver, ela começou a borbulhar já pode tirar do fogo. Tem gente que coloca uma moeda e quando a moeda começa a mexer desliga o fogo”, ressaltou.

Para quem já provou e achou o gosto amargo algumas dicas podem ajudar. Hanna diz que seus amigos já estão acostumados a não encontrarem o tereré na sua casa e para servi-los às vezes ela coloca um sabor. “Pode colocar capim cidreira, canela, erva-doce. Às vezes eu coloco para não ficar tão amargo, mas é não aconselho colocar açúcar”, destacou.

Em relação aos jovens que gostam da bebida Hanna explica que é mais fácil encontrar no CTG e que realmente não é tão comum ver pessoas da idade dela tomando, mas lembra que muitos dos seus amigos tomam. 

O microempresário Fausto Rezende, de 58 anos, não tem nenhum parentesco no sul do País, mas também ama tomar chimarrão. Ele conta que os pais sempre trabalharam em fazenda e que o costume veio dali.

“Ninguém veio de lá (do RS), meus pais tomavam nas fazendas e eu comecei a tomar era adolescente”, afirmou.

Rezende conta que foi uma vez ao RS e que não teve muito acesso aos costumes local. “Fomos rápido, não deu tempo de ver os costumes deles. O esquema deles é diferente do nosso, tomam na garrafa térmica, aqui eu tomo em chaleira”.

O microempresário ressalta que até toma o tereré, mas só as vezes. O que ele não deixa de lado é o chimarrão no inicio e no fim do dia. “Tomo todo dia e gosto da erva tradicional, o tereré tem vários sabores, mas o chimarrão é a erva tradicional”, concluiu.

Herança cultural dos índios guaranis, o chimarrão está presente na maneira acolhedora de receber os visitantes e na forma autêntica de celebrar a vida. De acordo com o governo federal, estima-se que 11 milhões de gaúchos se unam na paixão por essa bebida simples feita de água quente e erva-mate, que ganhou uma data no calendário: 24 de abril, o Dia Estadual do Chimarrão.

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