Ela tem 28 anos já fez mais de 30 vestidos de noiva
Aos 14 anos ela resolveu fazer um curso de costura que mudou sua vida. De lá, não parou mais e resolveu investir na arte de costurar. Hoje, aos 28 anos, Noemi Malaquias dos Santos, é uma das costureiras mais novas que Campo Grande tem.
O espanto de sua idade é enfrentado diariamente por sua clientela, que ao tocarem a campanhia de seu ateliê – que fica em casa mesmo, sempre vem acompanhada da pergunta: ‘Você pode chamar a sua mãe?’.
“Toda vez que uma cliente nova chega é assim, elas se espantam e eu sempre respondo, não, a costureira sou eu mesma…”, brinca Noemi que recebeu o MidiaMAIS, para contar sobre ser uma fiel escudeira das agulhas, linhas, tecidos e claro, da máquina de costura.
Já na parede do primeiro cômodo dos dois que teve de fazer para transformar em sala de costura, vários porta-retratos vermelhos servem de portfólio para quem entra. Ali encontramos fotos de, pelo menos, uma parte dos vestidos de noiva que fez. Sobre o total, Noemi não sabe ao certo. “Parei de contar no 30”, diz
“Aqui estão registrados vestidos que fiz para familiares, irmãs da Igreja e também algumas clientes, acho legal ter registrado para poder mostrar a cliente que chega”, avalia.
Dentre as fotos das noivas, uma que não é menos importante, mas que é especial: a própria. Isso mesmo. Noemi foi quem costurou o próprio vestido de noiva. “Eu fui cobaia de mim mesma…(risos) e desde o meu casamento, consegui clientes só no ‘quem indica’ e não parei mais”, conta Noemi, que diz que a costura é um dom que Deus a deu.
A costureira assume esse posto mesmo desde 2006, quando se casou e resolveu fazer seu vestido de noiva. “Vim de uma família humilde e nunca quis pagar horrores num vestido e resolvi eu mesma arriscar, deu tão certo que o meu casamento serviu de vitrine para o meu futuro trabalho”, analisa. Vale lembrar que não é só vestido de noiva que ela faz, ‘madrinhas’, ‘daminhas’ e ‘mães’ também.
Uma coisa Noemi deixou claro: ela faz o vestido e as clientes chegam direto com os tecidos e rendas. “É bem melhor né, eu falo o tamanho e o quanto de pano irei usar e elas mesmas vão atrás…facilita para ambas”.
Sobre o preço, ela diz que depende muito, mas que os fornecedores de tecidos de noivas sempre falam que cobra muito barato. “Já dispensei trabalhar em maisons caríssimas justamente porque eu quero cobrar um preço mais em conta só pela tranquilidade que tenho, que é o meu grande objetivo, quero viver tranquila, sem trabalhar para ninguém e viver na minha casa, fazendo a minha agenda”.
Sobre trabalhar com amor, não tivemos dúvidas; ela transparece essa tranquilidade e realização pelo olhar e claro, nos vestidos que faz. Já quanto seguir tendência, a costureira das noivas deixa claro: “a maioria das minhas clientes não segue a moda, prioriza o gosto pessoal e eu faço do jeito que ela quer, às vezes, o menos é mais; o importante é ela vir, pelo menos, seis meses antes do casamento, para nós nos programarmos juntas”. 
