Atualmente ele fixou ponto na esquina do Camelódromo

Salvador Dalí, Pablo Picasso, Miró… Estes são alguns pintores mais requisitados da humanidade. Uma obra de arte deles, não sai por menos de milhões ou bilhões. A original né!? Porque a réplica pode ser encontrada em alguma esquina por um valor bem acessível a todo e qualquer tipo de bolso.

Em Campo Grande, encontramos réplicas de grandes pintores e imagens de personagens enigmáticos, quase em frente da faixa de pedestres que cruza o Camelódromo com o Mercado Municipal.

Acompanhamos a montagem das telas na parede. Com fita adesiva, Cleber Silveira de Souza, 40 anos, ia alinhando as imagens na parede. Superdescolado e bastante carismático, o ambulante diz que anda pelo mundo afora, vendendo as réplicas e pasmem, ele nunca sequer entrou num museu.

“Trouxe as últimas imagens de quando fui para a Argentina, e desde que saí de lá, paro e vendo as telas, em qualquer canto, em qualquer lugar”, conta. Sobre nunca ter visitado exposição alguma ele brinca: “não tenho vontade não, porque não acredito que na exposição seja a obra original, então fico aqui com as minhas réplicas”.

Aqui na Capital, ele disse que as telas que mais vende são estilo abstrato para jovens e, quando a procura é feita por pessoas mais ‘tradicionais’, as mais vendidas são de animais – cavalos, paisagens e de São Jorge. “Acho que as pessoas aqui do Pantanal gostam dessas telas, porque remetem ao regional, não é mesmo?”, explica.

As réplicas custam R$ 20 sem moldura. Já as molduradas saem por R$ 40.