Gabrielle nasceu medindo 49 centímetros e pesando 3.285 quilos

Não fazia muito tempo que o sol iluminava a manhã da última quarta-feira (18), quando a bolsa da bióloga Klaudia Bitencourt, 35 anos, estourou. Era o aviso de que a pequena e ‘rosada’ Gabrielle anunciava sua chegada.

O parto que estaria programado para ser domiciliar foi em casa mesmo, mas surpreendido no banheiro. Calma! Vamos explicar tudo. Em entrevista ao MidiaMAIS, Klaudia que já é mãe do pequeno Matheus, 3 anos, deu à luz sua caçula no banho, enquanto aguardava a chegada da equipe de parto e, deixava a água quente do chuveiro correr.

“Eu fui para o banheiro porque a água morna é um anestesiante natural, principalmente para nós que nesse momento, sentimos inúmeras contrações, foi o que me acalmou”, conta.

Enquanto a equipe estava a caminho, apenas a irmã de Klaudia, Karine, havia chegado a tempo. Já na sala, a irmã que é tia e dinda da bebê, enchia a piscina que fora comprada para o trabalho de parto. Só que, lá no banheiro, sob o chuveiro entre um alívio e outro, Klaudia disse que foi fazer uma força e sentiu a cabeça da filha sair, o chamado coronário.

“Quando vi a cabecinha, gritei: A Gaby tá nascendo! E minha irmã veio correndo me ajudar; e assim foi”, emociona-se a mãe coruja.

Enquanto amamentava a filha ali, no chuveiro, a equipe foi chegando. A enfermeira obstétrica, a doula, a fotógrafa e a avó da bebê finalmente chegaram para acompanhar o parto, que durou ao todo 40 minutos.

O filho mais velho, que dormia no quarto ao lado e só acordou com o choro da irmãzinha e que surpreendeu a mãe e a tia no banheiro: ‘a Gabi já nasceu, porque ela ta chorando?’.

O mais bonito da história foi que, após irem até o quarto, com a bebê já mamando no peito e, enquanto o restante da equipe ia chegando, o cordão umbilical foi cortado – sob orientação da enfermeira, pelo irmãozinho e avó da pequena Gaby.

“Esperamos a placenta sair, acabei de tomar banho e fui sentar na cama…só depois que fomos cortar o cordão umbilical e separar a bebê da placenta. Pra quê pressa né? Por isso ela é rosinha!!! Recebeu todo o sangue da placenta, que é dela e evita anemia e icterícia durante toda a infância”, disse a mãe durante seu relato de parto.

Gabrielle nasceu medindo 49 centímetros e pesando 3.285 quilos.

Parto domiciliar

Mesmo tendo dois planos de saúde, a bióloga optou por contratar uma equipe especializada para ter a bebê em casa. Segundo ela, o parto no hospital ainda é muito complicado, realizado com procedimentos desnecessários e que, muitas vezes, são prejudiciais ao parto em si.

“É uma peregrinação por , eu preferi optar em ter em casa mais pela tranquilidade, para não passar por procedimentos que, muitas vezes não são apoiados em estudos científicos e que, até mesmo em relatos de parto normal em hospital, são vistos como emergenciais, só para agilizar o processo”, explica.

Ainda segundo a bióloga, a pior posição para uma mulher que está prestes a dar a luz é a deitada, que é, basicamente, uma das posições praticadas em hospitais.

“Uma mulher grávida não consegue ficar de barriga pra cima, porque dá falta de ar, com contração então, a pior posição é de barriga pra cima; sem dúvida um procedimento desnecessário; ideal é o de cócoras e até de pé, mas menos deitada; fora que no hospital, tem inúmeros medicamentos que são aplicados na gente e causam muito mais dor do que preciso” comenta.

No primeiro parto, que também foi natural, Klaudia disse que só recorreu ao hospital porque seu filho estava sentado e teve de fazer um parto pélvico. “Ele nasceu de bumbum e foi preciso ir para a maternidade, mas ele nasceu de parto natural, só que de bumbum”, brinca.