Dentro do plano de ação está a promoção e desenvolvimento de ações efetivas de geoconservação

O diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, Nelson Cintra, discutiu nesta sexta (20) com o diretor local do Geopark Bodoquena-Pantanal, Paulo José Corrêa, o diretor científico Afrânio José Soriano Soares, o geólogo Alex da Costa Teixeira e a vereadora Eudes Pache Corrêa, de Nioaque, estratégias de gestão para a integração do local na Rede Global de Geoparks.

Segundo o diretor científico Afrânio Soares, nesta primeira reunião foram apresentadas as estratégias, necessidades e pretensões para a consolidação do trabalho técnico nas áreas de geossítios. “Também solicitamos a cooperação do poder público, com o objetivo de traçar projetos futuros e pretensões de parceria”.

Dentro do plano de ação está a promoção e desenvolvimento de ações efetivas de geoconservação, geoturismo, geoedução, pesquisas paleontológicas, geológicas, ambientais e desenvolvimento local sustentável para a implantação, promoção e consolidação de geossítios, bem como estruturar o Geopark e os núcleos com recursos materiais e humanos qualificados.

Para o diretor-presidente da Fundação de Turismo, é preciso um diagnóstico dos potenciais do Estado, “Estamos organizando este levantamento que abrangerá todos 79 municípios. A partir disso formataremos novos roteiros integrados. Existe um potencial histórico-cultural, um importante espaço com áreas de patrimônio natural que precisa ser estruturado”.

Segundo a vereadora Eudes Pache, Nioaque possui grande riqueza natural, geológica e histórica. “É preciso um trabalho de base para o fortalecimento do município e do patrimônio geológico, hoje referência mundial”.

O projeto do Geopark Bodoquena Pantanal tem uma área de 39.700 km², abrangendo os territórios dos municípios de Bonito, Bodoquena, Ladário, Corumbá, Jardim, Niaoque, Bela Vista, Porto Murtinho, Miranda, Aquidauana, Anastácio, Caracol e Guia Lopes da Laguna.

Fazem parte do Geopark 54 áreas denominadas geossítios, envolvendo fazendas, lagoas, grutas e nascentes de rios. Um dos objetivos é garantir que de todo esse patrimônio cultural e natural seja reconhecido mundialmente como parte integrante da rede mundial do Programa Geopark-Unesco, atraindo assim a comunidade científica mundial e a visitação turística com fins educacionais, científicos, culturais, de fruição e conservacionistas.

O Georpark foi criado pelo Decreto estadual nº. 12.897/09, porém, ainda aguarda seu reconhecimento perante a Unesco. Por enquanto, o único geopark reconhecido oficialmente pela Unesco no Brasil é o Araripe, no Ceará.