Em cada peça antiga, um pouco de história. Dessa forma, foi aberta oficialmente a Feira de Antiguidades, na manhã deste domingo (10), na Praça Ary Coelho, em Campo Grande (MS). O projeto foi criado há dois anos, mas só agora saiu do papel.

De autoria da Sedesc (Secretaria Mununicipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e Agronegócio), o projeto prevê a realização da feira em todo o segundo domingo do mês na praça. “É mais um espaço para o público”, ressalta o secretário da pasta, Edil Albuquerque.

A intenção, segundo o secretário, é incentivar outras formas de turismo na cidade. “Campo Grande não tem praia ou outros pontos turísticos, mas tem turismo de eventos e negócio e recebe mais de 100 mil turistas por mês”, pontua.

Ao todo, a feira conta com 24 expositores, por enquanto, mas a intenção é aumentar o número. Serão comercializadas e expostas peças, livros, móveis, discos, carros, entre outros itens, com uma única condição: tudo precisa ser antigo.

O prefeito de Campo Grande (MS), Gilmar Olarte (PP), também participou da abertura. Olarte afirmou, ao se referir à importância da feira, que prioriza a saúde, mas outras áreas devem ser contempladas. “Estamos atentos a todas as áreas. É preciso pensar e ter respeito a cultura e tradição”, afirma.

Colecionadores de histórias

Para quem expõe seus produtos, a feira é uma oportunidade de unir a paixão por itens antigos com a comercialização das peças. De Coxim, Arlei Pimenta dos Reis trabalha com móveis antigos há 13 anos. “É lembrança do meu pai”, conta. Para o comerciante, a feira não é só uma oportunidade de vender. “Até já comprei um rádio em outro estande”, brinca.

Para a expositora Antônia Castro, o espaço é perfeito para quem gosta de antiguidade. “As pessoas contam história, lembram que com determinada moeda foram ao cinema, por exemplo”. O estande de Antônia e do marido Rivail Madureira é voltado para os colecionadores de moedas, cédulas e selos.

Desde 2010 no ramo, o marido concorda e acrescenta que quem adere à ‘moda’ tem uma história em particular que motiva. “No meu caso foi meu pai. Ele trabalhava em uma loja de móveis e um dia fez um cofre. Depois de muitos anos abri e tinha moedas dos anos 60, 70, 80. Achei bonitas e comecei a separar por anos”, conta.

Em outro estande, desta vez, de móveis e livros antigos, Benjamim Bueno de Freitas, 76 anos, arrematou bem mais do que um item antigo. “Pela recordação. Este livro foi feito na editora em que eu trabalhei de 1963 a 1973”, recorda-se. Na editora, Benjamim trabalhava na montagem dos livros. “Quem sabe este não foi feito pelas minhas mãos?”, completa.

A Feira de Antiguidades será realizada, inicialmente, todo segundo domingo do mês, das 9 horas às 17 horas, na Praça Ary Coelho, em Campo Grande (MS).