O governo federal está investindo na ampliação e melhorias da malha hidroviária para aumentar o transporte de cargas em 500% até 2031. No Plano Hidroviário Estratégico (PHE), do Ministério dos Transportes, o percurso do Rio Paraguai que passa por Corumbá está entre as prioridades.

O PHE será financiado pelo Banco Mundial e deverá custar  R$ 50 bilhões, segundo a Confederação Nacional dos Transportes (CNT). A intenção do governo federal é aumentar o transporte de cargas, em todas as hidrovias nacionais, dos atuais 25 milhões para 120 milhões de toneladas de carga até 2031.

O plano prevê a revitalização dos 21 mil quilômetros da atual malha hidroviária e investimento em infraestrutura em mais três mil quilômetros. O poder público ainda não divulgou quanto cada hidrovia deverá receber.

As hidrovias que têm maior chance de receberem os primeiros recursos são a do Tocantins (de Marabá até a foz), a do Madeira (de Porto Velho a foz), a do Tietê-Paraná-Parnaíba (de São Simão-GO a Salto- SP), a do Paraguai (de Cáceres-MT a Corumbá-MS e Argentina) e a do Brasil-Uruguai (Lagoas dos Patos e rios Jacuí e Taquari, no RS).

Estudos estimam a redução do custo entre os modais hidroviário e rodoviário em mais de 200%. O valor pago para transportar uma tonelada por quilômetro em uma rodovia é 3,75 vezes maior do que o necessário para levar a mesma carga por uma hidrovia.