O comércio de Campo Grande já abriu a temporada de saldões de início de ano. Para desovar os saldos de Natal, o comércio varejista chega a oferecer até 80% de descontos em artigos de eletrodoméstico, vestuário e até alimentos. Na intenção de economizar, alguns consumidores madrugaram, nesta segunda-feira (6), em filas de lojas que ofereceram as promoções.
A atendente de caixa, Ana Paula Andrade da Silva, 18 anos, foi a primeira a chegar para o saldão de uma loja de eletrodomésticos, localizada na esquina da Rua Barão do Rio Branco com a 14 de Julho. “Estou aqui desde as 6 horas”, afirma. As portas do estabelecimento abririam apenas às 10 horas.
A jovem ficou sabendo da promoção por meio de anúncio e resolveu se adiantar para tentar adquirir um celular e uma cômoda por preços mais baixos. “Participei de um saldão no ano passado e valeu muito a pena”, garante.
A primeira a sair ganhando foi a confeiteira Márcia Regina de Oliveira, 43 anos, que adquiriu uma geladeira. “A geladeira custava R$ 2.009 e compramos por R$ 1.390”, comemora. Conforme ela, a economia foi de 80%.
Conforme a confeiteira, a compra do eletrodoméstico era estudada há tempos. “Estávamos economizando e pagamos à vista. Esta foi a primeira vez que participamos e o resultado foi muito satisfatório”, afirma.
Atenção nas compras
De acordo com o superintendente da Superintendência de Proteção e Direito do Consumidor (Procon) de Mato Grosso do Sul, Alexandre Rezende, o número de reclamações aumenta neste período, por isso o consumidor deve ficar atento aos produtos adquiridos em saldões. “Eles funcionam como qualquer tipo de promoção. Todo e qualquer direito do consumidor continua valendo”, destaca.
Segundo ele, a diferença destas promoções está na limitação de itens. “Na maioria das vezes são vendidos mostruários. Quem chegar primeiro leva”, afirma. Por este motivo, o número de produtos que apresentam problemas pode ser maior. “O produto adquirido tem de estar em perfeito estado de funcionamento”, ressalta.
Alexandre orienta a pesquisar sobre preços, fabricantes e lojas com histórico de lesão ao consumidor. O próprio site do Procon indica as empresas com maior número de reclamações. Além disso, ele alerta para situações de superendividamento. “O consumidor tem de planejar. Não pode comprometer a subsistência da família”, alerta.