Em tom confessional e intimista, algo pouco usual para um discurso público de um mega empresário, Tim Cook, da Apple, falou sobre os direitos civis para um público seleto na semana passada.

Cook recebia um prêmio da Universidade de Auburn, no Alabama – seu estado natal. Em sua fala, disse que igualdade era o cerne de suas crenças e valores, relatou a CNN.

Ele se lembrou de um episódio que presenciou nos anos 1960 no estado, durante os turbulentos anos de luta pelos direitos dos negros: uma cruz em chamas, símbolo do racismo.

“Essa imagem ficou permanentemente gravada na minha memória e iria mudar minha vida para sempre. Eu não entendia, mas sabia que esse episódio ficaria marcado na história americana, pelo ódio que representava”.

Durante o discurso, ele pediu ao Congresso americano para trabalhar sobre as questões da imigração e para aprovar o “Employment Non-Discrimination Act”.

Essa lei criminalizaria a discriminação de orientação sexual no ambiente de trabalho.

“Eu vi e tenho experimentado muitos tipos de discriminação, e todos eles estão enraizados no medo das pessoas do que é diferente da maioria”, disse Cook.

Ele disse que trabalhar na Apple tem sido diferente por encontrar um ambiente que defende os direitos civis.

“Fiquei muito feliz que a jornada de minha vida me levou a Apple”, disse. “Eu encontrei na Apple uma empresa que acredita profundamente no avanço da humanidade, através de seus produtos e pela igualdade de todos os seus funcionários.”

Cook disse que a Apple trabalha para garantir que todos os seus produtos sejam acessíveis a todas as pessoas com algum problema mental ou físico. “Não para fazer dinheiro, mas para fazer o que é certo”.

A Apple, assim como outras empresas do Vale do Silício, tem falado muito sobre as reformas na imigração e sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Em 2012, o Google lançou uma campanha chamada “Legalize Love”, sobre os direitos LGBT. Facebook, Microsoft e Amazon já se engajaram em campanhas similares.

Veja o vídeo do discurso de Tim Cook: