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Protesto de artistas contra a Guarda Municipal no centro da Capital teve momentos tensos

Cerca de sessenta pessoas foram para a rua trancar o trânsito na Avenida Afonso Pena, com a Rua 14 de Julho, para protestar contra a Guarda Municipal. Populares e artistas se uniram para cobrar providências com relação à abordagem de 8 guardas acompanhados de fiscais que teriam agredido, apreendido materiais de trabalho e até quebrado […]
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Cerca de sessenta pessoas foram para a rua trancar o trânsito na Avenida Afonso Pena, com a Rua 14 de Julho, para protestar contra a Guarda Municipal. Populares e artistas se uniram para cobrar providências com relação à abordagem de 8 guardas acompanhados de fiscais que teriam agredido, apreendido materiais de trabalho e até quebrado painéis, bijuterias e artigos que estavam à venda. A Guarda Municipal no entanto garante que não houve agressões e deverá investigar o fato.

O incidente ocorreu por volta das 17h30min em uma das entradas da Praça Ary Coelho, apontada para a esquina da Afonso Pena. Segundo relatos de artistas do local, a Guarda Municipal com doze homens abordou sete artesãos que montavam materiais para a venda e inclusive atendiam pessoas.

Pela versão das vítimas, na chegada, bolsas e sacolas foram tomadas à força, com chutes, palavrões e imobilização de trabalhadores de rua.

“Meu pai trabalhou aqui e hoje eu tiro o meu sustento no mesmo lugar, crio uma filha e pago uma pensão para outra com a atividade que produzo na Praça Ary Coelho. Quero saber com que autoridade eles podem chegar dessa maneira, com chutes, palavrões, torcendo braço de artistas e quebrando painéis? Eles querem ser polícia de qualquer jeito. A população precisa saber como está sendo organizada pelo Poder Público essa autonomia da Guarda Municipal”, cobra o artista de rua, Gabriel Marques de Souza, de 31 anos.

Para Geston Gruet que está de passagem pelo local e expõe suas mercadorias na Praça Ary Coelho temporariamente a cena de horror representou susto muito grande. De acordo com ele nunca havia visto algo assim com trabalhadores de rua em , inclusive da Guarda Municipal.

“Foi algo para todos ver, com excessos e não se importaram com o que nós pensaríamos, nem a população. Por sorte um jornal registrou, que estava de passagem pelo local. É um ponto da cidade muito conhecido”, diz.

Excesso e o Trânsito 

O trânsito esteve atrapalhado no local aproximadamente por 40 minutos. Com o movimento impulsionado pelas compras de fim de ano, pessoas que passaram pelo local se surpreenderam com o conflito, que teve também perseguição da guarda a artistas que resistiram.

Em uma das ações, o suspeito teria sido puxado por um guarda no meio da rua pouco antes de o sinal abrir. Diferente do que foi veiculado em um site de notícias o comando nega que tenha havido o uso de armas na operação.

“Não é verdade o que se noticiou logo após a abordagem. Os guardas não ficam armados em ações como essa, que é para acompanhar apenas os fiscais da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano). Todos são treinados para não atuar com rigor excessivo. Se houve iremos apurar”, justifica o comandante da Guarda Municipal, Diones Cabreira.

Jéferson, de 54 anos, que veio de Piraputanga para Campo Grande afirmou que não esquecerá o que passou. Para levar sua mochila populares dizem que ele foi jogado no chão e teve o braço virado para trás. O artista conta que escutou dos guardas ironias por não pagar impostos e recebeu acusações de que fazia apologias.

“É uma tradição o artista de rua na Praça Ary Coelho, como é em na Praça da República, ou outros lugares. Em Corumbá tive lá recentemente e tratam a gente com todo respeito, nada de marginalização. Agora em Campo Grande que é uma Capital essa monstruosidade. Se soubesse que seria assim sem segurança não ficaria aqui”, desabafa.

O trânsito só voltou a fluir normalmente na esquina da Avenida Afonso Pena, com a Rua 14 de Julho após uma negociação da Polícia Militar com os artistas revoltados.

“Tudo aconteceu com uma estupidez medonha, um cenário de abuso de poder e totalmente desnecessário. Estou indignado e preocupado com essa atitude. Gritaria, excesso, quase uma tortura”, fala o servidor público, Cláudio, de 26 anos que passava pela calçada com a noiva, quando viu a abordagem da Guarda Municipal.

*Editado às 19h35 para acréscimo de informações

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