MPF investiga se atrasos em partos são causas da morte de cinco bebês em Campo Grande
A Associação de Vítimas de Erros médicos pediu ao Ministério Público Federal que investigue casos de demora em partos de cinco pacientes em Campo Grande. Com o atraso, quatro bebês nasceram mortos, outro morreu meses depois e uma mãe também perdeu a vida. Segundo o presidente da entidade, Valdemar de Souza, as denúncias foram levadas […]
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A Associação de Vítimas de Erros médicos pediu ao Ministério Público Federal que investigue casos de demora em partos de cinco pacientes em Campo Grande. Com o atraso, quatro bebês nasceram mortos, outro morreu meses depois e uma mãe também perdeu a vida.
Segundo o presidente da entidade, Valdemar de Souza, as denúncias foram levadas em conversa com a procuradora da República Analícia Ortega Hartz. Em muitos dos casos há a protelação do parto para cobrança pelo serviço médico.
“Nos hospitais, as desculpas são as mesmas. Ou não há médicos, ou encaminham para outro lugar e até mesmo cobram pelo parto, dizendo a paciente que se ela não pagar não tem como fazer. Este fato têm matado crianças e colocado a vida das mães em risco”, alega Valdemar.
A maior reclamação das pacientes é a demora na liberação dos prontuários de atendimento, um direito do paciente. Os hospitais demoram a entregar os laudos, necessários para os advogados da Associação analisarem e pedirem investigações sobre as mortes.
Josekelly Lopes de Souza morreu no último dia 14 de maio no Hospital Universitário. Segundo Valdemar, a paciente deu entrada na maternidade Cândido Mariano, quando foi solicitado o valor de R$ 3 mil. Sem condições de pagar, ela foi ao Universitário e informaram a família que não havia médico no local. Pela demora, mãe e filho morreram no parto.
Sabrina Marcielle da Silva de Oliveira, que perdeu seus filhos gêmeos na Hospital Universitário, Ana Carolina Silvano e Lucinéia Alves perderam os bebês neste ano e enfrentam dificuldades para retirar os prontuários de atendimento médico.
Diante dos casos, a procuradora emitiu uma tutela preventiva, a fim de impedir novas negativas da retirada dos laudos médicos. Outra situação garantida é a retirada dos corpos dos hospitais para necropsia no Imol (Instituto Médico Odontológico Legal) e não nos próprios hospitais.
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