Guerrilheiro das Farc deserta após ser obrigado a assassinar amigo

Um guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) desertou e se entregou à Marinha Nacional, no sul do país, alegando ter sido obrigado a assassinar uma amigo. O nome do homem não foi divulgado, apenas que seu apelido é ‘Chispa’, que pertencia a frente 48 das Farc e se entregou na cidade de Tagua. […]

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Um guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) desertou e se entregou à Marinha Nacional, no sul do país, alegando ter sido obrigado a assassinar uma amigo.

O nome do homem não foi divulgado, apenas que seu apelido é ‘Chispa’, que pertencia a frente 48 das Farc e se entregou na cidade de Tagua.

Sua entrada na organização aconteceu aos 19 anos, e ele seria o encarregado de extorquir comerciantes e criadores de gado no sul do país, em nome do grupo paramilitar.

A decisão tomada por ‘Chispa’ aconteceu depois que Robinson Cucarro, um dos líderes da frente 48, ordenou o julgamento de um jovem de 17 anos, que tinha perdido um fuzil de maneira usado em treinamentos, sendo condenada a morte.

“Quando todos os companheiros disseram que estavam de acordo que fuzilassem meu amigo, Robinson me perguntou e eu disse que não estava. Então ele tirou um revólver e disse: Se não está de acordo, o senhor é quem deve matá-lo”, segundo comunicado da Marinha.

Depois de matar o amigo na presença dos demais guerrilheiros, ‘Chispa’ ainda foi obrigado a cavar uma cova para enterrar seu corpo. “Era a primeira vez que tirava a vida de alguém”, revelou.

O ex-guerrilheiro passou quase três dias na selva, até que encontrou uma embarcação da Marinha e se entregou.

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