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Bombeiros retiram índio que resistia há 26 horas em cima de árvore, no RJ

Depois de passar mais de 26 horas em cima de uma árvore no terreno da Aldeia Maracanã, ao lado do estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, o índio José Urutal, liderança da etnia Guajajara, foi retirado à força por bombeiros no fim da manhã de hoje (17). O índio foi levado para o Hospital Municipal […]
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Depois de passar mais de 26 horas em cima de uma árvore no terreno da Aldeia Maracanã, ao lado do estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, o índio José Urutal, liderança da etnia Guajajara, foi retirado à força por bombeiros no fim da manhã de hoje (17). O índio foi levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar e depois para a Delegacia da Praça da Bandeira, onde presta depoimento. Ele será autuado por resistência.

Zé Guajajara, como é conhecido, estava recebendo alimentos e água içados por manifestantes através de uma corda. Urutal era o último manifestante no terreno do antigo Museu do Índio, depois que o Batalhão de Choque retirou os demais índios que haviam ocupado o local no domingo (15). Após a operação de ontem (14), o grupo foi levado para as delegacias da Praça da Bandeira e São Cristóvão, e autuados por resistência. Todos foram liberados após prestarem depoimento.

Quatro bombeiros subiram na árvore para retirar o último manifestante. Apesar da resistência, José Urutal Guajajara, de 54 anos, foi preso e levado à força uma ambulância do Corpo de Bombeiros, que estava em frente ao prédio. O Batalhão de Choque usou spray de pimenta para dispersar os manifestantes que impediam a saída do veículo. O comando do Batalhão de Choque e do Corpo de Bombeiros ainda não se pronunciaram sobre a retirada do manifestante.

O advogado dos indígenas da Aldeia Maracanã, Arão da Providência Filho, informou que os policiais e os bombeiros agiram ilegalmente, já que a ordem judicial de reintegração de posse por parte do governo, expedida em março, foi suspensa em agosto. Ele disse ainda que a única reivindicação do indígena para descer da árvore era o cumprimento da decisão da 7ª Vara Federal do Rio sobre uma ação civil ajuizada ontem (16) pelo advogado Arão, pedindo a reintegração de posse do terreno para os índios.

“Eles [comandante do bombeiro e da polícia] querem tirar [o índio] de qualquer jeito. Não tem ordem para tirar [os índios] do prédio. Eles invadiram sem decisão judicial. O que está havendo aqui no estado do é o aparato militar intervindo em greve, nos movimentos sociais. Não respeitam nenhuma garantia constitucional”, disse o advogado.

Aproximadamente 50 manifestantes acompanharam o protesto de Zé Guajajara em frente ao antigo Museu do Índio cantando músicas e exibindo cartazes de apoio. Todos passaram a noite próximos a árvore onde o índio estava. Com a retirada do índio, os manifestantes também saíram da frente do prédio, mas policiais do Batalhão de Choque permanecem fazendo um cerco ao local.

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