Presidente regional do DEM, o deputado estadual Zé Teixeira declarou que o “sonho do governador André Puccinelli (PMDB) é ver o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) desistir do projeto de candidatura própria em Campo Grande”. O parlamentar do DEM, no entanto, aposta que, dessa vez, Puccinelli não atingirá seu objetivo.

“A candidatura do Azambuja está consolidada”, frisou Zé Teixeira. Ele, inclusive, é um dos defensores do apoio do DEM ao projeto tucano. Para ele, ao lado do PSDB, o partido terá mais condições de crescer no Estado. “Com o PSDB o DEM será protagonista, já com o PMDB seremos mais um no meio de tantos”, explicou.

O desejo de Puccinelli na desistência de Azambuja leva em conta a possibilidade de votos do PMDB migrarem em favor do tucano e atrapalhar o projeto de manter a hegemonia no comando da administração da Capital, com a eleição do deputado federal Edson Giroto (PMDB).

Há mais de 20 anos, o PSDB apoia o PMDB em Campo Grande, mas, neste ano, promete partir para o confronto. A proposta agrada, principalmente, a oposição que vislumbra segundo turno com a pulverização de candidaturas.

Rumo do DEM

Assediado tanto pelo PSDB quanto pelo PMDB, o DEM indica divisão do processo de escolha do rumo do partido na eleição. Zé Teixeira não esconde a preferência pela pré-candidatura de Azambuja, mas quer ouvir todos os correligionários e tirar uma decisão de forma democrática. Ele vem destacando o papel do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) no processo. “Ele como congressista federal é a nossa principal liderança, além disso, tem base eleitoral em Campo Grande”, ressaltou.

Por outro lado, o presidente municipal do DEM, vereador Airton Saraiva, indica preferência pela manutenção da aliança com o PMDB. O fim da indefinição pode acontecer no próximo dia 10 de maio, quando todas as lideranças do partido se reúnem para discutir o destino na disputa pela sucessão da prefeitura da Capital.