Dionízio contou que nada ficou decidido na reunião de hoje porque apesar de já terem tido uma reunião anterior, em 30 de março, o governador não repassou o índice que dará ao judiciário

“Na prática, a independência dos poderes não existe. O judiciário fica refém da benesse do governador”, a crítica foi feita pelo presidente do Sindjus (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul), Dionízio Avalhaes, nesta segunda-feira (23), após reunião entre uma comissão do sindicato e o presidente do TJ/MS (Tribunal de Justiça), desembargador Hildebrando Coelho Neto.

Dionízio contou que nada ficou decidido na reunião de hoje porque apesar de já terem tido uma reunião anterior, em 30 de março, com o então presidente Luís Carlos Santini e com Hildebrando Coelho Neto, passando as reivindicações da classe, o governador não repassou o índice que dará ao judiciário.

Segundo o presidente do Sindjus, o presidente do TJ/MS esteve reunido com o governador, e Puccinelli, em vez de prestigiar o judiciário e buscar um acordo disse que vai diminuir ainda mais os repasses para o judiciário.

Avalhaes informou que o sindicato vai se reunir novamente com o desembargador Hildebrando, em 3 de maio, e na data deve ficar acertado o reajuste. Ainda segundo ele, se nesta reunião não houver acordo eles vão entrar em greve no dia 14 de maio sem data para término.

Já a assessoria de imprensa do TJ informou que o Tribunal não tem como se posicionar em relação ao aumento salarial porque o Executivo ainda não determinou qual será o índice do aumento.

Quanto ao pedido do PCC (Plano de Cargos e Carreiras), a assessoria disse que o presidente do TJ vai nomear uma comissão para que esta estude a reestruturação da carreira no judiciário e na segunda quinzena de maio dará uma resposta aos sindicalistas.

A assessoria ainda disse que Hildebrando informou que “as tratativas com o sindicato ainda estão em aberto e que não há nada fechado”.

Nova reunião

A nova reunião que ficou marcada para o dia 3 de maio vai ocorrer sem paralisação da classe. Segundo o presidente do Sindjus, o objetivo do sindicato é conseguir o reajuste e valorizar o trabalhador que já está ‘esfoliado’ e não castigar as pessoas que precisam do poder judiciário.