O controle cada vez mais intenso do Twitter sobre as mensagens de 140 caracteres em sua rede desencadeou um debate animado no Vale do Silício sobre se uma rede social deve ou não ser responsabilizada pelo conteúdo gerado por seus usuários.

O debate, agora, chegou aos tribunais.

Um juiz de San Francisco concedeu uma ordem de restrição obrigando o Twitter a continuar oferecendo acesso a sua “Firehose” –o fluxo diário de cerca de 400 milhões de tweets– à PeopleBrowsr, uma companhia de análise de dados que navega no Twitter e revende essa informação a clientes incluindo blogs de tecnologia ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

Como parte de uma estratégia mais ampla de geração de receitas, o Twitter começou nos últimos dias a restringir as formas como seu fluxo de dados pode ser acessado, para o desalento de muitos desenvolvedores que construiram negócios e produtos embasados na Firehose, do Twitter.

A PeopleBrowsr, que começou a contratar o acesso à Firehose em julho de 2010, continuou a comprar dados do Twitter em base mensal até este julho, quando o Twitter atinou uma cláusula no acordo que permitia o término do contrato sem causa.

A decisão do tribunal de estender o contrato das empresas não resolveu a disputa legal; um juiz vai ouvir os argumentos da PeopleBrowsr a favor de uma injunção preliminar contra o Twitter em 8 de janeiro.

Mas o caso pode representar a primeira análise profunda das questões acerca do Twitter, um dos players mais proeminentes da indústria da Internet.