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Presidente de comissão e relator da MP do Código Florestal tentam fechar acordos para votação

Às vésperas da próxima reunião da comissão especial que analisa o texto da Medida Provisória (MP) do Código Florestal, o relator da matéria, senador Luiz Henrique (PMDB-SC), e o presidente da comissão, deputado Euvino Bonh Gass (PT-RS), ainda tentam negociar um acordo em torno das votações de emendas ao texto enviado pelo Poder Executivo ao […]
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Às vésperas da próxima reunião da comissão especial que analisa o texto da Medida Provisória (MP) do Código Florestal, o relator da matéria, senador Luiz Henrique (PMDB-SC), e o presidente da comissão, deputado Euvino Bonh Gass (PT-RS), ainda tentam negociar um acordo em torno das votações de emendas ao texto enviado pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional.

As votações já foram adiadas uma vez quando o clima de tensão entre ruralistas e ambientalistas aumentou por causa da aprovação de uma emenda que acabava com áreas de preservação permanente às margens dos chamados rios perenes ou intermitentes. Os ambientalistas consideraram absurda a emenda, que põe fim à preservação de mata ciliar nos rios que secam durante um período do ano, e o relator pediu o adiamento da votação para o dia 28 para que um acordo pudesse ser refeito.

Três semanas depois, Luiz Henrique e Bonh Gass ainda não conseguiram um consenso entre as bancadas para as votações. Segundo o deputado que preside a comissão especial, os ambientalistas não abrem mão de alguns pontos: que não seja concedida anistia aos desmatadores; que as áreas de veredas não sejam agricultáveis; e a revisão da emenda que pôs fim à preservação permanente de rios intermitentes. Além disso, os ambientalistas querem que as áreas de preservação em torno dos rios não possam ser usadas para represas se isso significar nova supressão de vegetação nativa.

Mesmo assim, Bonh Gass acredita que um acordo possa ser fechado até amanhã para evitar que a votação seja mais uma vez adiada. Na opinião dele, se a MP perder a validade por decurso de prazo sem ser votada pelo Congresso, pequenos produtores e agricultores familiares ficarão prejudicados. “Estamos em curso com muitas negociações, e se não fecharmos um acordo, ela [a MP] vai caducar. E caducar significa não termos todos os avanços que temos construídos com a presidenta Dilma no sentido de valorizar a agricultura familiar, no sentido do conceito de que você pode produzir alimentos sem devastação ambiental”, avaliou o deputado.

Na mesma linha, o relator considerou que o pior cenário pode ser a queda da validade da medida provisória por decurso de prazo. “Não votar seria o pior. Aí ficaríamos no território da não lei. Isso seria o pior”, disse.

Luiz Henrique declarou que conversou com os representantes da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) para construir um novo acordo para reformar a emenda sobre os rios perenes. Segundo ele, se houver unanimidade é possível fazer uma “grande emenda de redação” para anular os efeitos da emenda aprovada anteriormente.

Para fechar o acordo, no entanto, os ruralistas querem que não exista a faixa de preservação de 50 metros entorno das veredas e várzeas por já considerá-las áreas de preservação permanente. Além disso, eles querem poder usar as áreas de preservação nas margens dos rios para a infraestrutura de irrigação das lavouras.

Para tentar alinhavar um acordo que garanta a votação das cerca de 30 emendas que ainda faltam ser votadas amanhã, Luiz Henrique e Bonh Gass vão se reunir esta noite com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e outros membros do governo. A votação está marcada para esta terça-feira, às 14h, mas os dois parlamentares já admitem que ela pode demorar algumas horas para começar se for necessário.

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