Até a noite deste sábado (13), médicos da Força Aérea Brasileira já atenderam mais de mil pessoas em comunidades isoladas do Acre e do Mato Grosso, áreas onde acontece a Ágata 6. Somente hoje, em Marechal Thaumaturgo (AC), mais de 200 moradores foram atendidos pelos quatro médicos, em um dia que durou 13 horas de trabalho no município na fronteira com o Peru. Os números fazem parte do lado social da Operação, que aproveita a presença militar para apoiar as comunidades da região.

“O mesmo avião que pode fazer o transporte de tropas também leva as equipes de saúde para esses locais. E nós nos aproveitamos desses meios disponíveis na região”, explica o Tenente Waldyr de Oliveira, que é médico e faz o planejamento das chamadas Ações Cívico-Sociais (ACISO) da FAB na Ágata 6. Os municípios foram escolhidos de acordo com a possibilidade de pouso das aeronaves e seus indicadores socioeconômicos. “É fundamental também o apoio das secretarias municipais e estaduais de Saúde”, afirma.

Além de Marechal Thaumaturgo, até agora, os médicos da FAB foram até Vila Bela de Santíssima Trindade (MT), Comodoro (MT) e Santa Rosa do Purus (AC), municípios na fronteira do Brasil com a Bolívia e o Peru. São duas equipes médicas, com clínico geral, ortopedista, dermatologia, pediatra, ginecologista e dentista, além da equipe de apoio.

O Tenente Waldyr ressalta que, em muitas dessas ACISO, são atendidos pacientes que podem passar meses sem ver um médico e às vezes precisam viajar por horas para uma consulta. “Damos atenção especial para pessoas com doenças crônicas, como hipertensão. Há um grande número de idosos que precisam disso”, afirma.

As equipes de saúde também passam orientações sobre como evitar doenças que são recorrentes nas áreas, como problemas de pele e infecções causadas por parasitas. Os dentistas também ensinam a escovar os dentes e distribuem kits de higiene bucal. Os atendimentos continuam até o final da Ágata 6, em outras cidades da fronteira oeste do Brasil.