O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu, de 3,5% para 3,3%, a previsão de crescimento para a economia global em 2012. Para 2013, a expectativa também ficou menor, recuando de 3,9% para 3,6%.

“A recuperação econômica sofreu novos abalos, e a incerteza pesa fortemente nas perspectivas. Um fator chave é que as políticas nas grandes economias avançadas não recuperaram a confiança no médio prazo”, aponta o FMI. “O desemprego deve permanecer elevado em muitas partes do mundo. E as condições financeiras permanecerão frágeis”.

Segundo o fundo, a crise na zona do euro continua sendo a ameaça mais “óbvia” às perspectivas globais. Apesar das ações tomadas para resolver o problema, “a crise na zona do euro se aprofundou e novas intervenções foram necessárias para prevenir uma deterioração rápida da situação”.

O FMI aponta que o ponto chave é se a economia global está apenas sofrendo uma nova turbulência em meio à recuperação ou se a desaceleração econômica tem um componente mais duradouro. “A resposta depende de que a Europa e os Estados Unidos lidem proativamente com seus grandes desafios no curto prazo”. “O WEO assume que eles o farão, e portanto a atividade global deve reacelerar ao longo de 2012”.

Segundo as projeções do FMI, a economia da China deve crescer 7,8% em 2012 – 0,2 ponto percentual a menos que o esperado no relatório divulgado em julho. Se confirmada, será a menor expansão desde 1999, quando o país cresceu 7,6%. Em 2013, a previsão é de alta de 8,2%.

Entre os países do Bric, houve redução também nas previsões para o crescimento da Índia este ano (de 6,2% em julho para 4,9%) e Rússia (de 4% para 3,7%).

Na zona do euro, a previsão é de uma contração de 0,4% na economia este ano, com uma leve retomada e crescimento de 0,2% em 2013. O PIB da Itália deve se contrair em 2,3%, e o da Espanha, em 1,5%. A Alemanha, no entanto, deve seguir com crescimento modesto, de 0,9%.

Em relação aos Estados Unidos, no entanto, o FMI revisou para cima sua previsão de crescimento em 2012, passando de 2,1% no relatório de julho para 2,2%. Em 2013, a alta do PIB deve ficar pouco menor, em 2,1%.