Mostrar a realidade da agropecuária brasileira para o mundo. Esse é um dos objetivos da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

A CNA lidera o espaço AgroBrasil localizado no Pier Mauá, um dos locais oficiais do evento, que acontece entre os dias 13 e 22 de junho, na cidade do Rio de Janeiro. A ideia é ressaltar as vantagens da agropecuária desenvolvida no Brasil, destacando projetos e tecnologias destinados à produção de alimentos com preservação ambiental.

No espaço do estande, a CNA criará um túnel sensorial para mostrar aos visitantes o que é uma fazenda degradada e as tecnologias utilizadas para a sua recuperação. A ideia é que, durante o caminho, a propriedade se transforme.

“Teremos palestrantes virtuais para explicar à sociedade a importância de tirar uma fazenda de um solo fraco e maltratado e a melhora de tudo isso por meio da tecnologia e boas práticas”, revelou a senadora.

O espaço AgroBrasil será ancorado por projetos da CNA, entre eles o Biomas. Desenvolvido pela entidade em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Projeto Biomas pretende ampliar o uso das árvores nas propriedades rurais para diversificar os sistemas produtivos com ganhos econômicos e ambientais.

Para isso serão criadas soluções técnico-científicas à prática da produção sustentável e à preservação da água nos seis biomas brasileiros. Com 240 pesquisadores envolvidos, a senadora acredita que o projeto será um espelho para o mundo já que pode ser aplicado em qualquer bioma desde que respeitadas as características locais.

“Com 61% do território preservados, segundo os dados do Censo Agropecuário de 2006, o Brasil é um modelo de como produzir com qualidade e abundância”, diz a senadora Kátia Abreu. Otimista com a Rio+20, ela acredita que o País tem autoridade moral para discutir, em qualquer fórum, as questões ambientais.

“Nós só produzimos arroz, feijão, carne e frutas em 27% do nosso território, enquanto 61% são preservados. Isso é uma riqueza e motivo de orgulho para mostrar ao mundo”, declarou. A presença da CNA na Rio+20 não se resume ao estande.

A senadora participou das discussões do Governo para a elaboração do documento brasileiro de contribuição para a Conferência. “Colocamos os principais pontos que achamos que devem ser reforçados. Se unificarmos o nosso diálogo e mostrarmos as vantagens competitivas que o Brasil apresenta hoje, teremos mais sucesso”, ponderou a senadora.

Durante a Conferência, a CNA divulgará no auditório do espaço o documento de posicionamento do setor agropecuário para a Rio+20 que terá contribuições de lideranças rurais, técnicos, produtores, universidades e instituições do agronegócio. Workshops de Orientação estão sendo realizados para a coleta de subsídios para o documento.

 Brasília, Uberaba (MG) e São Paulo foram as cidades escolhidas para consolidar as propostas que serão apresentadas pela presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, em evento que contará com a presença de autoridades e negociadores. “A possibilidade de reduzir a pressão por novas áreas e utilizar tecnologias de baixa emissão de carbono, como o plantio direto, coloca o Brasil como modelo de agricultura sustentável. Queremos mostrar isso para o mundo”, disse a senadora.