Os governos do Brasil e dos Estados Unidos promoverão ações com empresas americanas para que contratem como estagiários estudantes do programa Ciência sem Fronteiras, pelo qual brasileiros recebem bolsas oficiais para estudar no exterior.
O memorando para cooperação entre os dois governos foi firmado na quarta-feira, durante a nona reunião de diálogo entre o Ministério do Desenvolvimento e o Departamento de Comércio dos EUA. Desde junho, cerca de 40 empresas americanas têm participado de uma força-tarefa criada pela seção brasileira da Câmara de Comércio Americana. Pelo menos duas delas já empregam estagiários brasileiros em seus centros de pesquisa.
“Temos cerca de 40 a 50 empresas que expressaram interesse em ter estudantes do Ciência sem Fronteiras como estagiários, inclusive em suas filiais no Brasil”, disse a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres. “Os governos americano e brasileiro se comprometem a aumentar as oportunidades de estágio”, disse.
O subsecretário de Comércio dos EUA, Francisco Sanchez, que veio ao Brasil com uma comitiva de representantes de 66 instituições universitárias americanas, garantiu que o apoio ao programa Ciência sem Fronteiras é generalizado no governo americano, a partir do presidente Barack Obama.
Os dois governos planejam seminários com empresas de médio e pequeno porte para que os estudantes brasileiros conheçam experiências de inovação e investimento em tecnologia nos Estados Unidos durante sua estadia no país. O programa Ciência sem Fronteiras prevê bolsas a 101 mil estudantes brasileiros em quatro anos. A maior procura, segundo o Ministério da Educação, tem sido por bolsas nos EUA.
