A Bovespa chegou a abrir em alta, mas depois passou a operar
em baixa durante maior parte do dia nesta quarta-feira (29). O Ibovespa
(principal índice da Bolsa brasileira) fechou em queda de 1,78%, aos 57.369,19
pontos. É a menor pontuação de fechamento desde 3 de agosto, quando a Bolsa
fechou aos 57.255,22 pontos. Na semana, as perdas da Bovespa chegam a 1,81%. Em
agosto, no entanto, o saldo do índice é positivo em 2,27%, e, no ano, em 1,08%.

A cotação do comercial registrou a terceira alta
seguida nesta quarta, fechando com valorização de 0,27% em relação ao real, a
R$ 2,048 na venda. Este foi o maior valor de fechamento desde o dia 2 de
agosto, quando a moeda norte-americana fechou valendo R$ 2,051. Embora na
semana o dólar acumule ganhos de 1,18%, no mês a moeda registra leve queda de
0,03%. Ao longo do ano, o dólar já valorizou-se em 9,63% em relação ao real.

A queda da Bovespa foi puxada principalmente pelas ações da
Vale (VALE5.SA), que caíram 2,67%, a R$ 32,46, pressionadas pela queda do preço
do minério de ferro na China; e da OGX (OGXP3.SA), empresa petrolífera do grupo
de , cujas ações despencaram 8,09%, a R$ 6,02, após anúncio de
troca de diretores. A OGX liderou as perdas do dia e teve seu pior fechamento
desde o fim de junho.

Petrobras em baixa, PDG em alta

“Nossa bolsa é puramente commodities e essa queda da
Vale tem um peso enorme no mercado”, disse o superintendente da CGD
Securities, Rafi Dokuzian.

“As incertezas com relação à China estão pesando muito
sobre Vale e levando a ação a ficar entre as principais quedas no mês”,
acrescentou. Em agosto, a ação acumulava queda de 10,8%.

Entre as empresas mais negociadas da Bolsa, a preferencial
da Petrobras (PETR4.SA) teve queda de 0,61%, a R$ 21,21.

No sentido oposto, o destaque foi novamente a construtora e
incorporadora PDG Realty (PDGR3.SA), que teve alta de 6,39%, graças às
expectativas de capitalização pela Vinci Partners e mudança da presidência.

Bolsas internacionais

No exterior, os mercados seguiram à espera do discurso do
presidente do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. Ben Bernanke
participa de um simpósio de bancos centrais em Jackson Hole (Wyoming), nesta
sexta-feira, e investidores estão atentos a sinais de uma nova rodada de
estímulo monetário.

Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones fechou em leve
alta de 0,03%. O S&P 500 também terminou o dia quase estável, subindo
0,08%. O índice de tecnologia Nasdaq fechou o dia com valorização de 0,13%.

As ações europeias fecharam em leve queda, com volumes
extremamente baixos e investidores cautelosos antes de sinais mais claros de
bancos centrais sobre novas medidas de estímulo.

Em Londres, o índice Financial fechou com variação
negativa de 0,56%, para 5.743 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,11%,
para 7.010 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 recuou 0,51%, a 3.413 pontos. Em
Milão, o índice Ftse/Mib teve queda de 0,33%, para 14.943 pontos. Em Madri, o
índice Ibex-35 perdeu 0,37%, a 7.306 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 ficou
praticamente estável, com variação negativa de 0,03%, para 4.977 pontos.

As ações asiáticas ficaram estáveis, também com investidores
esperando pelo discurso do presidente do Federal Reserve, banco central dos
Estados Unidos, Ben Bernanke, no encontro internacional de membros de bancos
centrais em Jackson Hole (EUA), na sexta-feira, e pela reunião do Banco Central
Europeu (BCE) na semana que vem.

Às 7h54 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne
mercados da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão estava estável, depois de
atingir o menor nível em três semanas na terça-feira, enquanto o índice Nikkei
do Japão avançou 0,4%, após encerrar no nível mais baixo em duas semanas.

A Bolsa de Cingapura teve leve alta de 0,05%; Taiwan avançou
0,4%, enquanto Hong Kong perdeu 0,12%. O índice referencial de Xangai cedeu
0,96% e Sydney caiu 0,07%. (Com informações da Reuters)