A agropecuária brasileira, em matéria de área total dos estabelecimentos, encolheu 5,6% em todas as regiões, com base na comparação dos censos de 1995/1996 e 2006.

A principal queda foi no Sudeste, que apresentou uma redução de 14,3%, um percentual considerado surpreendente, já que na região estão importantes estados produtores.

A pesquisa foi feita por Mauro de Rezende Lopes, do IBRE da FGV, a partir da revisão feita pelo IBGE dos dados do mais recentes do Censo Agropecuário.

Os médios produtores foram os que apresentaram o maior encolhimento, com uma queda de 8,7%; já no caso dos grandes, o encolhimento foi de 7,5%.

Em seu trabalho, o economista não registra aumento na área total dos estabelecimentos dos pequenos produtores, o que o leva a por em dúvida sobre a contribuição dos programas de reforma agrária. xxxxxxxxxx A região Norte foi a que cresceu mais rápido, com um aumento de áreas de lavouras de 95,3%; acima do Centro Oeste, que ficou com 78,9%.

De acordo com a pesquisa, há 10,7 milhões de hectares de terras degradadas que podem ser utilizadas sem se desmatar a Amazônia. O trabalho mostra também um encolhimento de 26,2% da pecuária bovina.

Outra conclusão foi a de que as classes A/B respondem pela grande maioria da produção agropecuária.

As classes A/B produzem 57,5% do feijão; 81,5%do arroz; 74,6% do milho; 80,1% do trigo; 66,5% da mandioca; e 83,9% da batata.

As classes D/E produzem 19,6% do feijão; 6,3%do arroz; 9,6% do milho; 4,8 do trigo; 14,7% da mandioca; e 5,4% da batata.

As classes A/B produzem 57,5% do feijão; 81,5%do arroz; 74,6% do milho; 80,1% do trigo; 66,5% da mandioca; e 83,9% da batata.