A crise política instalada em razão do pedido de demissão dos secretários do prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB) gerou discussões também na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul nesta terça-feira (21).

O deputado estadual e irmão de Nelsinho, Marquinhos Trad (PMDB) diz que a atitude que o seu irmão tomou foi correta. “Qualquer gestor tem essa prerrogativa de pedir que os seus secretários assinem carta de demissão. Se não esta bom o gestor deve reconhecer e mudar”, avalia.

O parlamentar ainda rebate as criticas feitas pelo vereador Atayde Nery (PPS) ao seu irmão. “O Athayde cassou os infiéis do PPS, mas fez campanha para outros candidatos como o Mandetta (DEM), pichou os muros contra o André (Puccinelli) na história do lixogate e seis meses depois era o maior defensor dele. Foi secretário do prefeito, vereador da base e agora começa a criticar a administração? As pessoas que andam na margem do rio e não são quentes nem frias, são mornas e são vomitadas”, disse o peemedebista.

O ex-vereador e atual deputado estadual, Alcides Bernal (PP), que sempre foi oposição ao prefeito de Campo Grande, disse que essa atitude tomada por Nelsinho é “só uma forma de se justificar com a população”.

O pepista comenta que as duas principais secretárias do governo municipal são indicações pessoais do prefeito (Saúde e Obras).

Já o deputado Paulo Duarte (PT) vê que a atitude de Nelsinho foi muita lenta, porém ele diz ser correta. Ele faz alusão ao governo de José Orcirio Miranda dos Santos “Zeca do PT” que manteve nas secretarias parte da base aliada e por debaixo do pano articularam e conseguiram enfraquecer a eleição do senador Delcídio do Amaral(PT).

O deputado Paulo Corrêa (PR) afirmou que como engenheiro que é está triste em ver a Capital com obras muito lentas ou paradas. “Na da contra o secretário, mas nas obras do shopping, abre avenida, fecha avenida… a obra vai durar um ano e meio somente para fazer um bueiro”, comentou Corrêa.