Sob ataques da coalizão internacional, o presidente da Líbia, Muammar Khadafi, apareceu ontem (22) à noite em público, na residência oficial de Bab El Aziziya, em Trípoli. Em breve pronunciamento, Khadafi disse que está pronto para a batalha, seja longa ou curta. “Vamos ganhar esta batalha”. O líder falou da casa que foi atingida por um míssil no último domingo (20).

Desde sábado (19), as forças da coalizão internacional atacam a Líbia em nome da imposição de uma zona de exclusão aérea, conforme resolução aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. A medida foi aprovada por dez dos 15 integrantes do órgão. O Brasil se absteve.

Ontem, os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro da Inglaterra, David Cameron, conversaram sobre as operações militares na Líbia. Os três países coordenam os ataques.

Segundo o conselheiro adjunto norte-americano para a Segurança Nacional, Ben Rhodes, Obama conversou também com o emir do Catar, xeque Hamad Al Thani, a quem agradeceu a “importante contribuição” para a coligação, e com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.

De acordo com Rhodes, Obama afirmou que a Organização do Tratado do Atlântido Norte (Otan) terá um papel importante a desempenhar em decorrência de suas “capacidades únicas de comando e de controle”.

Na noite passada, um caça norte-americano se acidentou na Líbia. Os dois pilotos foram resgatados com vida. Foi o primeiro incidente com as forças da coalizão desde que começou a militar na região.