O governador André Puccinelli, que está em Dourados nesta sexta-feira (4) para lançamento de pacote de obras e inauguração de rodoanel e da duplicação da MS – 156, que desde o início do seu funcionamento após a reforma, está sem iluminação, desconversou quando o assunto foi a sucessão para a prefeitura de Dourados em 2012.

Questionado se seu apoio iria para o atual prefeito, Murilo Zauith, seu ex-vice-governador, ex-DEM agora no PSB, ou se sua preferência iria para o deputado federal e seu correligionário, Geraldo Resende, Puccinelli que estava com Murilo ‘a tira colo’, não quis conversa e disparou: “Quem decide é o diretório municipal”.

Há semanas, Puccinelli tem dito que seu candidato é Geraldo Resende, após pesquisas apontarem que o deputado federal tem a preferência atual no eleitorado douradense. Porém ao lado do antigo aliado, mesmo que hoje esteja coligado com o partido ‘arquirival’ do PMDB, o PT, o governador não quis se indispor preferindo dizer que “todos eles querem o meu apoio político. Não posso manifestar preferência”, se mostrando ‘em cima do muro’.

Porém o governador deu a entender que Geraldo continua na frente de Murilo nas pesquisas, mesmo assim o peemedebista afirma: “Não posso dizer que Geraldo seria o candidato”. Murilo por sua vez afirma que só discutirá a sucessão ano que vem e que considera normal não ter o apoio de todos 15 partidos que fizeram a coalizão que o elegeu no início deste ano.

PSDB, DEM, PSDC, PMDB, PSOL e parte do PT – que hoje ocupa a vice-prefeitura, além de várias das principais secretarias municipais – têm apontado candidatura própria no município. Assim como em Campo Grande, em que vários partidos da base de Nelsinho firmam pré-candidaturas, em Dourados o clima é bem parecido.

Nos bastidores, alguns dos principais agentes políticos do município afirmam que um dos principais motivos para ‘pipocarem’ pré-candidaturas se deve a baixa votação que o atual prefeito obteve nas primeiras vezes que concorreu à prefeitura, perdendo para o deputado estadual petista, Laerte Tetila e mesmo para o ex-prefeito, preso na Operação Uragano, Ari Artuzi. Segundo eles, a probabilidade de Murilo não ser eleito com uma disputa real é latente.