O dólar comercial abriu o dia em alta de 0,12%, negociado a R$ 1,668 no mercado interbancário de câmbio. Às 10h25, a divisa subia 0,24%, a R$ 1,670. No pregão de ontem, a moeda americana recuou 0,77% e foi cotada a R$ 1,666 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em queda de 0,45%, também a R$ 1,668.

O mercado doméstico de câmbio começa o dia cotando o dólar em leve alta. A percepção é de que isso é um ajuste ao comportamento dos negócios da tarde de ontem, quando teria havido uma entrada de recursos de um fundo estrangeiro, que derrubou a cotação do dólar comercial para R$ 1,666. Alguns analistas, no entanto, atribuíram o recuo a movimentos técnicos.

No entanto, a trajetória de alta não deve durar muito, segundo operadores. Para defenderem essa avaliação, eles retomam a motivação máxima do mercado para a definição de negócios, que se mantém há meses: o fluxo deve continuar positivo. No início do dia, já se falava em outra operação que poderia trazer mais dólares para as mesas hoje.

O fato é que, enquanto o mercado doméstico de juros mantém o frisson em torno do corte do Orçamento e do calibre dos juros em função disso, o câmbio resume a questão ao fato de que a taxa brasileira é alta e o Brasil continuará imbatível na relação entre risco e juro. Na prática, isso significa entrada de dinheiro no País.

Para segurar o impacto nas cotações do dólar ante o real, continua havendo somente o Banco Central (BC). Até porque os bancos que poderiam ter necessidade de comprar divisas para se enquadrarem à regra nova de compulsório sobre posições vendidas em câmbio já estariam adaptados ou muito perto disso.