Delegada reponsável pelo caso, Aline G. Sinnott Lopes, disse que mãe e padrasto podem pegar de 2 a 8 anos de prisão; o padrasto já responde por homicídio
Por não saber ir sozinho ao banheiro é que a criança de apenas dois anos era vítima de maus tratos e cárcere privado. A alegação é dos pais que foram presos nessa quinta-feira (20). Policiais da DPCA (Delegacia de Polícia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) flagraram o menino trancado em um quarto escuro, sem ventilação, no bairro Los Angeles, em Campo Grande.
Segundo a delegada responsável pelo inquérito, Aline G. Sinnott Lopes, a mãe do menor, de 22 anos, e o homem de 33 anos, assumiram que batiam na criança para repreendê-lo por não ter aprendido fazer necessidades fisiológicas no devido lugar. O menor foi encontrado sujo de fezes e urina, com várias marcas roxas no rosto e nas costas.
Ainda de acordo com a delegada, ele era agredido com uma vara (de planta) que está apreendida.
O casal mora junto há quase dois anos e também criava uma menina de quatro anos, filha da mulher, que conforme a delegada, estava com marcas nas pernas, o que comprova que também sofria agressões. Sobre a menina, eles alegaram que “aplicavam o castigo” quando ela desobedecia.
O menino foi entregue ainda ontem para os avós paternos. Já a menina, que não teve o pai declarado, foi levada a um abrigo da Capital.
O casal está preso nos presídios feminino e masculino. Acusados pelos crimes de maus tratos e cárcere privado, ambos qualificados, eles podem pegar de dois a oito anos de reclusão. Ainda conforme a delegada, o homem está em livramento condicional por homicídio.
Para preservar os vizinhos dos acusados e a criança, o Midiamax preferiu não mostrar a fotografia da casa onde o menino sofria a violência.
