O projeto Cinema (d)e Horror, exibe nesta quarta-feira (4) o sucesso de público nacional “Tropa de Elite 2”, às 18 horas, no anfiteatro do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. A entrada é franca e a classificação é de 16 anos.

Tropa de Elite 2, que dá continuidade ao filme Tropa de Elite, dirigido por José Padilha em 2007, foi recorde de bilheteria (na estreia) na história do cinema nacional, com um público de 1 milhão e 250 mil espectadores, superando, no Brasil, fenômenos de bilheteria nacionais e internacionais.

Em tropa de Elite 2, Wagner Moura já está de cabelos grisalhos e é tenente-coronel do Bope, mas um erro de operação na penitenciária de Bangu faz com que as coisas mudem para todos. O incidente toma grandes proporções, devido à intervenção do ativista Diogo Fraga, a quem Nascimento denomina como “intelectualzinho de esquerda”, que além de tudo, é casado com Rosane, sua ex-mulher.

Mas, enquanto os políticos planejam exonerar Nascimento, a população o aclama pelo ocorrido e ele acaba indo parar na Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Nascimento acredita que, de onde está, poderá promover mudanças efetivas no estado das coisas, mas descobre que o sistema é muito maior do que ele próprio imagina e, não só ele, mas também seu filho, e até seu rival, Fraga, tornam-se alvos de um sistema que se mostra como indestrutível.

“Para além do subtítulo: “O Inimigo agora é outro”, pode-se dizer que Tropa de Elite 2 coloca em dúvida inclusive as premissas pelas quais o primeiro filme, de 2007 se tornou sucesso. O público voltou em peso para assistir à segunda parte de Tropa de Elite e isso é justamente o que queremos discutir, explica Angélica Catiane de Freitas, mediadora do debate e mestranda em estudos de Linguagens e professora do curso de Letras da UFMS.

“O público obteve o que esperava? O filme surpreendeu? Porquê? Quais as modificações de conteúdo feitas em relação à obra anterior? Como elas ocorrem? Enquanto o primeiro filme se diz baseado em fatos reais, o diretor assinala que o segundo é puramente ficção, e que qualquer similaridade com o real é puramente coincidência”, comenta Angélica.

“Fica algo para se refletir a respeito? Onde está o horror na obra? Abordando estas e outras questões, iremos discutir quais os recursos utilizados no filme que fazem com que Tropa de Elite 2 tenha se tornado recorde de audiência, mas, principalmente, uma obra de qualidade superior em qualidade à primeira, como afirma o próprio diretor”, finaliza Angélica.

O projeto Cinema d(e) Horror é coordenado pela professora doutora Rosana Cristina Zanelatto Santos, coordenadora da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propp) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e por Carol Sartomen, mestranda em Estudos de Linguagens da UFMS e professora do curso de Letras – Literatura Portuguesa da UFMS. Geralmente tem duas exibições mensais e conta com a participação de graduandos e mestrandos da área de Letras da UFMS para as exibições e debates de filmes que tratam da categoria “horror” no plano das artes, contando também com a participação da sociedade campo-grandense.