No primeiro semestre deste ano, 109 pessoas receberam órgãos ou tecidos transplantados em Mato Grosso do Sul, de acordo com dados da Central Estadual de Transplantes. “Este ano já foram realizados 13 transplantes de rins e 96 de córnea”, afirma a coordenadora da central, Claire Miozzo.
Conforme levantamento do Ministério da Saúde, em todo o País o número de transplantes cresceu 16,4% no primeiro semestre de 2010. Os dados nacionais divulgados apresentam Mato Grosso do Sul com seis doadores efetivos e doadores de órgãos implantados, porém o número leva em consideração apenas transplantes realizados através de doadores falecidos.
“O Estado tem apresentado avanço no número de doadores de órgãos e tecidos e para haver um crescimento ainda maior deve ser feito um trabalho em conjunto: primeiro com o doador, que deve deixar claro em vida que pretende doar os órgãos em caso de morte; a família deve se conscientizar em autorizar esta doação e os médicos devem participar mais com a notificação precoce de morte encefálica”, explica Claire.
A coordenadora da Central Estadual de Transplantes diz ainda que mesmo com o crescimento o trabalho em conjunto ainda é o ideal para que os transplantes continuem acontecendo, visto que o tempo também pode ser fator de complicação nestes casos. “A córnea, por exemplo, que é um tecido, tem que ser retirada para o transplante em até seis horas após a morte encefálica. No caso dos órgãos sólidos isso só é possível se a morte ocorrer dentro do ambiente hospitalar e sem a demora da notificação de óbito”, esclarece.
De acordo com a Central Estadual, hoje em Mato Grosso do Sul a maior demanda por doação de órgãos é para casos de rins. Em todo o Estado são 387 pessoas à espera desta modalidade de transplante. Outras 37 pessoas necessitam de doadores de córnea e 16 esperam um novo coração.
